quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Justiça do Rio 

ouve testemunhas 

do processo  

em que Bruno  

responde  pelo 

homicídio de 

Eliza Samudio


A juíza Elizabeth Louro, do 4º Tribunal do Júri da Capital, ouviu nesta quarta-feira, dia 17, seis testemunhas de defesa arroladas pelo advogado do ex-goleiro Bruno Fernandes das Dores, atendendo a uma carta precatória da Justiça mineira, onde Bruno e mais oito pessoas respondem pelo homicídio de Eliza Samudio e pela ocultação de seu cadáver. 

Como o advogado de Bruno, Ercio Quaresma, não compareceu e nem apresentou justificativa, a juíza nomeou duas defensoras públicas, Bernadette Espírito Santo e Adriane Gregory, para participarem da audiência e fazerem as perguntas às testemunhas. A carta precatória, agora, será devolvida à juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, de Contagem, Minas Gerais, para ser juntada ao processo original. 

A primeira testemunha a depor foi Ingrid Calheiros Oliveira que afirmou que ainda é noiva de Bruno, e por isso foi ouvida apenas como informante do juízo. Ela confirmou que orientou Bruno a trocar de advogado e que por isso teria sido ameaçada por Quaresma. Ingrid confirmou ainda que gravou uma conversa com o advogado, onde ele dizia, entre outras coisas, “eu não sou advogado do diabo, eu sou o próprio diabo” e “se não apareceu o cadáver, se é que existe cadáver, é graças a mim”. 

A segunda testemunha, Fabio José de Moraes, que trabalha em uma empresa de locação, contou que alugou um flat para Eliza e seu filho, pago por Luiz Henrique. ”A locação começou no dia 5 de maio e ela ficaria um mês, mas no dia 5 de junho Eliza ligou dizendo que sairia do imóvel antes e que Macarrão passaria para pegar as coisas dela. Disse também que iria para a casa de umas amigas e que depois viajaria para São Paulo”. 

A amiga de Eliza, Milena Baroni Fontana, afirmou que já assistiu Bruno agredindo Eliza. A modelo estava em sua casa quando Bruno ligou um dia de madrugada dizendo que queria vê-la, no episódio que terminou com o seqüestro e a tentativa de aborto do filho que Eliza esperava. Por esse fato, Bruno e Macarrão respondem a um processo no Rio de Janeiro. 

O quarto depoimento foi do delegado da Delegacia de Homicídios Felipe Ettore. Ele disse que foi a Polinter quem executou os mandados de prisão de Bruno e Macarrão e que depois eles foram levados, juntos, para a delegacia. O delegado falou que recebeu uma denúncia de que havia um menor em cárcere privado na casa de Luiz Henrique e que, ao chegar lá, encontrou o rapaz, mas, na verdade, ele não estava impedido de sair. O menor então lhe falou sobre o seqüestro de Eliza, que teria sido levada para Minas Gerais. 

Jorge Siqueira da Silva, vigilante do Condomínio Nova Barra, onde morava Bruno e Macarrão, foi o quinto a depor. Ele disse que sabia que o jogador era morador do condomínio, mas que nunca o tinha visto pessoalmente. Bem antes dos fatos, viu Macarrão, apenas uma vez, como carona, O vigilante falou que não se lembrava se estava de serviço no dia 04 de junho, data em que ela desapareceu, e que também nunca havia visto a Eliza por lá. Falou que trabalham 16 pessoas, quatro por plantão, na segurança e na portaria do local. 

A última testemunha a falar foi o porteiro do mesmo condomínio, Silvio Rosa Ferreira, que disse conhecer o Bruno, o Macarrão e o menor Jorge, como os três moradores da residência. Mas, que a namorada dele, a Fernanda, uma loira, às vezes aparecia por lá num Gol vermelho. O porteiro comentou que eram comuns as festas na casa do jogador, com mais de dez pessoas, e que iam até de madrugada, após a saída dele do turno, que era das 07 às 19h. Ele falou também que estava de serviço no dia 05 de junho, mas não se lembrava de ter visto algo diferente naquele dia. E que não conhecia Eliza Samudio, apenas pelos jornais. 

Processo nº 0301910-35.2010.8.19.0001


FONTE: TJRJ
Notícia divulgada em 17.11.2010

Nenhum comentário:

Postar um comentário

DESEJANDO, DEIXE SEU COMENTÁRIO. SERÁ LIDO, COM PRECIOSO ZÊLO E ATENÇÃO. OBRIGADA.