sábado, 11 de dezembro de 2010

Homem é condenado

 a ter olhos 

queimados por

 ácido no Irã


A suprema corte iraniana condenou um homem culpado de ter feito o marido de sua amante perder a visão a ter os olhos queimados com ácido, sob a lei de talião, informou neste sábado o jornal oficial iraniano.

A Suprema Corte confirmou a sentença proferida por um tribunal, ou seja, uma condenação à cegueira por ácido, em conformidade com a lei islâmica (Sharia), que permite aplicar a lei de talião quando se trata de crimes violentos.

Segundo o jornal "Irã", o homem identificado apenas como Mojtaba, de 25 anos, jogou ácido sobre Alireza, 25, e um motorista de táxi na cidade sagrada de Qom (centro), depois de uma "relação ilícita" com a mulher deste último, Mojedh, da mesma idade.

Ainda de acordo com o jornal, o promotor de Qom, Mostafa Barzegar Ganji, estimou que esta sanção foi aplicada porque a vítima insistia em obter "a pena Quisas", o termo islâmico para a noção de "olho por olho".

'Pedimos a especialistas de medicina legal que supervisem a operação destinada a deixar o condenado cego', informou o promotor.

Vários ataques com ácido foram registrados nos últimos anos.

Em fevereiro de 2009, Majid Movahedi foi condenado à cegueira total após ser declarado culpado de jogar ácido em uma colega de faculdade, Ameneh Bahrami, que havia rejeitado sua proposta de casamento.

Não foi informado se a pena foi executada.



FONTE: FOLHA.COM / DA FRANCE PRESSE, EM TEERÃ

Explosões matam um e ferem dois no centro da capital sueca



Duas explosões ocorreram na região central de Estocolmo, na Suécia, durante este sábado, matando uma pessoa e ferindo outras duas, segundo informaram agentes que trabalham no resgate.

A porta-voz da polícia Petra Sjolander disse que um carro explodiu perto de Drottninggatan, rua comercial bastante movimentada no centro da cidade. Logo em seguida, uma segunda explosão foi ouvida, um pouco mais adiante, na mesma rua.

Encontrado ferido no chão, um homem foi, posteriormente, anunciado como morto.

A porta-voz dos serviços de resgate, Bengt Norberg, disse que duas pessoas foram levadas ao hospital com ferimentos leves.

Sjolander disse ainda que as razões que ocasionaram a segunda explosão ainda não estão claras, mas o esquadrão antibombas foi enviado ao local.

Roger Sverndal, outro porta-voz do serviço de resgate, disse que um carro explodiu, e que havia botijões de gás nele.

Um repórter da agência Associated Press estava dentro de uma loja de relógios, no lado oposto da rua onde ocorreu a segunda explosão, e relatou que algumas pessoas correram do local.

"Vi algumas pessoas chorando, talvez em estado de choque", disse ele. "Havia um homem estirado no chão com sangue ao redor, e com seus pertences arremessados para longe do corpo."

Ele também relatou fumaça vindo da área na qual a segunda explosão ocorreu, e que o local estava "um pouco barulhento".

"Tremeu a loja onde eu estava", declarou, "Então fumaça e pólvora entraram dentro do local."




FONTE: FOLHA.COM / DA ASSOCIATED PRESS, EM ESTOCOLMO

Gripe H1N1 volta

 ao Reino Unido 

e mata dez


O vírus H1N1 da gripe suína, que assolou o mundo no ano passado, voltou ao Reino Unido, matando dez pessoas nas últimas seis semanas, disseram as autoridades de saúde, no sábado.

A Agência de Proteção da Saúde da Grã Bretanha (HPA) disse que as dez mortes ocorreram em adultos, todos abaixo de 65 anos, e na sua maioria, com problemas de saúde preexistentes.

"Nas últimas semanas, temos visto um aumento no número de casos de gripe sazonal tanto do tipo H1N1 [de 2009] e do tipo B, na comunidade", declarou o professor John Watson, chefe do departamento de doenças respiratórias do HPA.

"Também recebemos relatos de pacientes com doenças graves, que precisaram de hospitalização e de surtos de gripe em escolas de todo o país."

A gripe H1N1 eclodiu em março de 2009 e rapidamente se espalhou pelo mundo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse que cerca de 18.450 pessoas morreram por causa do vírus, incluindo muitas mulheres grávidas e pessoas jovens.

A OMS declarou em agosto, o fim da pandemia.

Watson disse ao jornal "Independent" que o Reino Unido parecia estar na "vanguarda" do mais recente surto, com outros países europeus começando a ter seus primeiros casos de gripe suína.

A HPA disse que frequentemente acontece do caso de a cepa de uma pandemia tornar-se a cepa sazonal mais comum durante a próxima estação de gripe, portanto o retorno do H1N1 não foi uma surpresa.

Uma porta-voz da HPA disse que houve um aumento do relato do número de casos de gripe, nos consultórios médicos do Reino Unido, mas isso era esperado durante os meses de inverno.

"Em termos de números de casos de gripe, isso não é nada incomum", disse.




FONTE: FOLHA.COM / DA REUTERS, EM LONDRES

INSS deverá pagar revisão do teto em 2011



O ministro da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, disse ontem que a revisão do teto não será concedida de maneira administrativa pelo INSS neste ano porque ainda não foi publicada a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que, em setembro, reconheceu o direito à revisão.

O pagamento, então, deverá ficar para o ano que vem, quando o Supremo deverá publicar a decisão --no geral, a publicação é feita seis meses após o julgamento.

"Não é que a gente não queira pagar, mas não tenho o cálculo [definitivo] e não tenho a decisão [do STF] publicada", disse o ministro, em evento de lançamento de um centro de documentação informatizado do INSS em Birigui (518 km de SP).



FONTE: Gisele Lobato (enviada especial) e Ana Magalhães - do Agora

Rosane Collor

 obtém na Justiça 

direito de 

manter pensão



A ex-primeira-dama Rosane Brandão Malta (ex-Collor de Mello), 46, obteve ontem na Justiça de Alagoas o direito de manter a pensão de 30 salários mínimos (R$ 15.300) que recebe do ex-marido, o senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTB).

Segundo o advogado de Rosane, Paulo Marcondes Brincas, desembargadores do Tribunal de Justiça, por maioria dos votos, decidiram ainda que Collor terá que dar à ex-mulher dois apartamentos e dois carros, no valor de R$ 950 mil, como compensação por ela ter saído do casamento sem patrimônio.


"Em 22 anos de casamento tudo que eles adquiriram foi colocado no nome dele [Collor]. A atividade dela foi essencial para que ele tivesse condição de construir esse patrimônio", disse Brincas.

Os desembargadores da Sessão Especializada Cível (que reúne as três Câmaras Cíveis do TJ-AL) julgaram ontem um recurso apresentado pela defesa de Collor, numa ação judicial na qual ele pedia a redução da pensão para 20 salários mínimos (R$ 10.200) e que cessasse após um período de três anos.

O advogado Fábio Ferrário, que representou o ex-presidente na ação, disse que o caso está sob segredo de Justiça e não quis comentar.

Collor pode recorrer da decisão no STJ (Superior Tribunal de Justiça), em Brasília.

Rosane e Collor estão separados desde 2005. Ela mora em Maceió, numa casa que pertence ao ex-marido. Hoje ele é casado com a arquiteta Caroline Medeiros, com quem tem duas filhas.

Segundo o advogado, Collor não está pagando integralmente a pensão. Ele disse haver ação de cobrança, mas que o oficial de Justiça não consegue notificá-lo. A defesa do senador também não quis comentar a acusação.

No início de julho, Collor declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 7,7 milhões. Entre seus bens estão uma Ferrari, uma Maserati e uma Mercedes, imóveis e cotas da empresa de comunicação da família em Alagoas.

Na disputa pelo governo de Alagoas, em outubro, Collor informou ter investido R$ 810 mil de recursos próprios.




FONTE: FOLHA.COM / SÍLVIA FREIRE - DE SÃO PAULO

Para polícia, morte de prefeito de Jandira (SP) foi "execução"; vereador diz ter sido ameaçado



A polícia de Jandira (Grande SP) trabalha com a hipótese de que o assassinato do prefeito da cidade, Walderi Braz Paschoalini (PSDB), tenha sido encomendado, mas ainda não sabe definir a motivação. "O crime foi direcionado para execução do prefeito e do motorista. Eles chegaram atirando com armas de grosso calibre", disse o delegado que investiga o caso, Marcos Carneiro Lima. O motorista está em estado grave e passa por cirurgia.

"Houve um mínimo de planejamento, mas crime político costuma ter denúncia anterior, e isso a gente ainda não tem", disse o capitão Henriques Júnior, da Polícia Militar de Jandira.

"Eu acho que só pode ter sido crime político. Quem mais? Eu não vou responder, é a polícia, mas tenho certeza de que foi crime político encomendado", afirmou Alexandria. "Eu acho que, na realidade, o trabalho [político] pode trazer ciumeira. Já fui ameaçado várias vezes. 

Eu estou saindo de Jandira para preservar a minha família, mas não é só em Jandira que é perigoso ser político', disse. "Mataram um prefeito, por que não matariam um vereador?"
O líder do governo na Câmara dos Vereadores, Henrique Francisco de Alexandria (PSDB), acredita que a cidade está se tornando "perigosa" para exercer a política.
Ainda de acordo com Alexandria, a cidade está perigosa para exercer a profissão. "Eu vejo Jandira hoje como um lugar muito difícil de ser político por causa da inveja e da ciumeira. Trabalhar demais é um perigo, se resolve na bala", disse.
Som de tiros

O crime ocorreu por volta das 8h na rua Antônio Conselheiro, no Jardim Mirantes. O prefeito chegava à rádio Astral FM com o motorista e segurança, Wellington Martins, quando o veículo foi interceptado por outro. Ele gravaria o programa “Bom dia, prefeito”. Os disparos foram captados pela emissora, e puderam ser ouvidos ao vivo no momento em que o locutor Marcos Aleixo falava sobre o prefeito com o colega, Fernando Silva. “Que bagunça que é essa aí?”, questionou Aleixo. 

Walderi Braz Paschoalin, no PSDB, tinha 62 anos e cumpria no terceiro mandato. Ele chegou a ser atendido, mas morreu em um pronto-socorro municipal. O segurança foi encaminhado ao Hospital das Clínicas, onde passou por uma cirurgia. Ele está em estado gravíssimo.
A polícia prendeu quatro suspeitos poucos minutos após o assassinato para averiguação. Eles estavam em uma estrada de terra próxima ao local do homicídio, em um Polo. O Focus prata que interceptou o carro do prefeito foi encontrado em um barranco também na saída da cidade, sem marcas de frenagem, com os bancos molhados de gasolina e uma garrafa pet com combustível. Para a polícia, eles não tiveram tempo de incendiar o automóvel. Mais dois homens foram detidos na mesma região.
A polícia trabalha com a hipótese crime encomendado, mas diz ainda não ser possível definir a motivação. A Procuradoria Geral de Justiça designou os promotores do Júri de Jandira e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) - Núcleo São Paulo para acompanhar as investigações, que serão conduzidas pelo delegado Zacarias Katcer Padros, chefe do SHPP (Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa) de Carapicuíba (Grande São Paulo).




FONTE: UOL / 
Fabiana Uchinaka - 
Em Jandira (SP)

Notícia divulgada em 10.12.2010

Fundador do WikiLeaks poderá ser indiciado por espionagem pelos EUA



Mas Julian Assange dificilmente perderia o processo, por ser estrangeiro, atuar fora do país, e ter ao seu lado os princípios da Primeira Emenda.




O fundador da WikiLeaks, Julian Assange, poderá em breve ser indiciado por espionagem, de acordo com reportagem da rede de TV americana ABC, com base no Decreto de Espionagem dos Estados Unidos.

A matéria cita como fonte a advogada de Assange, Jennifer Robinson, que admite a “iminência” do processo, devido aos milhares de documentos sigilosos revelados por seu cliente.

O procurador geral dos EUA, Eric Holder, inclusive, já dissera que seu escritório estava investigando a possibilidade de acusar criminalmente o fundador, em alusão ao decreto citado pela emissora.

Alguns senadores, como Joseph Lieberman e Dianne Feinstein, também já haviam levantado a hipótese da ação, alegando que as revelações colocaram vidas americanas em perigo.

No momento, Assange está preso em Londres depois de ter-se entregue às autoridades – o australiano é procurado na Suécia por abuso sexual e estupro. 

Ele está detido, sem direito à fiança, e sua audiência está marcada para esta terça-feira (14/12).

Legalmente problemático

Qualquer movimento dos EUA para indiciar Assange com base no Decreto de Espionagem teria que superar difíceis obstáculos. 

Segundo o Serviço de Pesquisa do Congresso (CRS, na sigla em inglês), há poucos precedentes no uso de tal código por ele ser legalmente problemático.

“Não estamos cientes de nenhum caso em que um editor de informações obtém documentos de um empregado do Governo e acaba sendo culpado por publicá-los”, diz o estudo. 

Uma acusação como essa enfrentaria implicações da Primeira Emenda, como a liberdade de expressão – princípio defendido pela advogada de Assange na matéria da ABC - e repercussão negativa, baseada em uma possível “censura estatal”.

Outro agravante é que Assange não é americano e todas as suas ações foram promovidas a partir de países estrangeiros. 

Tentar prendê-lo provocaria questões críticas em relação a políticas internacionais, principalmente quanto ao limite de uma jurisdição promulgada por um único país.

Todos os casos que envolveram o Decreto da Espionagem foram levantados contra cidadãos americanos que tiveram acesso aos documentos antes de enviá-los a agentes estrangeiros. 

Não há nada na lei explicitando que ela também valeria para pessoas que não nasceram nos Estados Unidos e que atuam fora do país.

Já o envio de informações sensíveis à mídia também foram “raramente configurados como crime”.



FONTE: UOL / Jaikumar Vijayan / Por Computerworld/US


Publicada em 10 de dezembro de 2010 às 18h33

Até 30 mil PCs foram usados para derrubar sites da PayPal, Visa e MasterCard


Os representantes do grupo anônimo Operação Payback assumiram a autoria pelos ataques direcionados aos dois portais.



O site do PayPal foi atingido na noite de ontem (8) pelo ataque de duas botnets, relacionadas à ação de ativistas online contra empresas que bloquearam seus serviços ao Wikileaks.

“Eles recrutaram voluntários que colocaram à disposição suas máquinas para lançar ataques de negação de serviço (DDoS). 

Máquinas infectadas também estão sendo utilizadas pelo grupo", disse o pesquisador de ameaças na web Sean Paul Correll, da empresa de segurança Panda Security.

"Hoje observamos que mais de 3 mil computadores nessa botnet voluntária foram utilizados, mas também temos conhecimento de outra com mais de 30 mil máquinas", comentou ele.

Durante a tarde de ontem, o website Paypal.com esteve for do ar por algumas horas. Entretanto, na manhã desta quinta-feira (9/12), o site já voltou a normalidade. 

"Ocorreram muitas tentativas de ataques DDoS ao site paypal.com durante essa semana", declarou o porta-voz Anuj Nayal. 

"Os ataques prejudicaram a velocidade do site por um curto período, mas não impactaram significativamente nos processos de pagamento”.

Esta não é a primeira vez que a empresa é vítima de ativistas pró-Wikileaks. 

No final da última semana, o blog da companhia já havia sido alvo de iniciativas semelhantes, o que derrubou a página por algumas horas.

Diferentemente da Visa e do MasterCard, o PayPal depende do funcionamento de seu site, já que os clientes necessitam dele para suas negociações. 

Outro serviço de pagamentos afetado foi o SecureCode da MasterCard, que ontem também apresentou problemas, segundo o porta-voz da empresa James Issokson.

"Tivemos alguns imprevistos operacionais que já foram solucionados", disse Issokson.

Acredita-se que os servidores do MasterCard podem ter recursos compartilhados com o sistema SecureCode. 

Em um comunicado da instituição, publicado no blog Securetrading, ela declarou que a falha foi resultado de um erro no servidor. 


FONTE: UOL /  Robert McMillan / Por IDG News Service
Publicada em 09 de dezembro de 2010 às 14h56

"O que nos une 

é o desejo de vingar 

o WikiLeaks", 

diz grupo que 

derrubou PayPal, 

Visa e Mastercard




Duas das mais poderosas companhias de cartão de crédito do mundo tiveram seus sites na internet derrubados esta semana -- e os responsáveis seriam pessoas que nunca se viram na vida, unidas apenas por "um pouco de conhecimento técnico e um desejo de vingar o Wikileaks".
A explicação é de um dos membros do grupo "Anonymous", que concordou em dar uma entrevista por email ao UOL Notícias na noite desta quinta-feira (09), após mais uma ação contra a companhia financeira PayPal, na onda da chamada "operação payback", que já derrubou sites da Visa e da Mastercard por terem restringido os recursos de ação do WikiLeaks.
"Somos um grande grupo com quase nenhuma conexão uns com os outros na vida real. Alguns de nós são advogados, alguns trabalham no McDonalds – há uma enorme variedade. A única coisa que temos em comum é um pouco de conhecimento técnico e um desejo de vingar o WikiLeaks", declarou o ativista, destacando seu apoio ao mega vazamento de documentos confidenciais coordenado pelo australiano Julian Assange.
A principal -- e, até agora, a única -- "arma" do grupo é o chamado DDoS, acrônimo em inglês para Distributed Denial of Service, que se baseia em uma tentativa de tornar os recursos de um sistema indisponíveis através de sobrecarga de requisições de acesso. Justamente por isso, eles são enfáticos para negar a alcunha "hackers".
"Hackear em geral envolve quebrar sistemas ou roubar informações – e nós não estamos fazendo isso até agora", argumenta. "Estamos derrubando os sites, não hackeando."
A fonte, que não quer divulgar seu nome real, também fez questão de destacar para a reportagem antes da entrevista que “não há representantes oficiais do Anonymous".

Acompanhe abaixo a conversa completa.

UOL Notícias: Em primeiro lugar, como você define o grupo “Anonymous” e suas ações? Qual sua conexão com o grupo?
Anonymous: Bem, o grupo é só isso mesmo: Anonymous. Somos um grande grupo com quase nenhuma conexão uns com os outros na vida real. Alguns de nós são advogados, alguns trabalham no McDonalds – há uma enorme variedade. A única coisa que temos em comum é um pouco de conhecimento técnico e um desejo de vingar o WikiLeaks. Minha conexão com o grupo? Eu não tenho um papel específico – no Anonynous, ninguém tem. Eu só participo.

UOL Notícias: Sabemos que não há uma liderança. Então como vocês operam?
Anonymous: Sim, não há liderança. Nós colaboramos principalmente no IRC (internet relay chat). Nos momentos de decisão, a maioria vence. 

UOL Notícias: DDoS é uma das suas táticas. Por que essa ação? Há outras?
Anonymous: Bem, DDoS nos permite saturar os sites e colocá-los offline temporariamente. Não temos realmente outras “táticas”, não. Tudo o que estamos interessados em fazer nesse momento é derrubar os sites, não roubar informação ou hackear mesmo.

UOL Notícias: Como vocês escolhem seus alvos?
Anonymous: Escolhemos alvos com base em como eles tentaram limitar o WikiLeaks e seus recursos. Por exemplo, miramos o PayPal porque ele congelou as doações ao WikiLeaks.

UOL Notícias: Por que mirar nos inimigos do WikiLeaks neste momento? Qual a ligação de vocês com Julian Assange?
Anonymous: Queremos nos vingar pelo WikiLeaks (e Assange, neste contexto). Nenhum de nós tem qualquer relação com Assange, não o conheço e nunca vou conhecer. Eu apenas aprecio o que ele está fazendo e dou apoio.

UOL Notícias: Vocês dizem que é incorreto usar o termo “hacker”. Por quê?
Anonymous: Sim, tecnicamente não somos hackers, apesar de as pessoas estarem se referindo a nós exatamente assim. Hackear em geral envolve quebrar sistemas ou roubar informações – e nós não estamos fazendo isso até agora. As companhias de cartão de crédito confirmaram que nenhuma informação de nenhuma conta foi vazada até agora. Estamos derrubando os sites, não hackeando.

UOL Notícias: Há brasileiros envolvidos na “operação payback”?
Anonymous: Tenho certeza que sim.

UOL Notícias: O grupo considera os ataques recentes como bem sucedidos?
Anonymous: Sim, nós consideramos que os ataques foram sucessos. Derrubamos os sites da Mastercard e da Visa de tal forma que mesmo as transações nas lojas não funcionarem – o que provavelmente tirou da Mastercard e da Visa uma receita significativa, já que estamos na temporada de compras de Natal. E nós diminuímos muito a velocidade do PayPal nos EUA, e mesmo derrubamos seu site em alguns países. PayPal desde então liberou o dinheiro da conta do WikiLeaks que tinha congelado, contudo não está aceitando novas doações, e por isso continua como alvo para nós.


FONTE: UOL / 
Thiago Chaves-Scarelli - 
Do UOL Notícias - Em São Paulo
Notícia divulgada em 10.12.2010