segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Há até 25 planetas semelhantes à Terra, dizem cientistas



Cientistas americanos acabam de descobrir que planetas do tamanho da Terra são bem mais comuns do que se imaginava até agora.



De cada cem estrelas parecidas com o Sol e localizadas a até 80 anos-luz daqui, cerca de um quarto pode ter planetas do tamanho da Terra.



Esse número, que já é considerado surpreendentemente alto, pode até estar subestimado, afirma o grupo.



Como os pesquisadores só analisaram os planetas mais próximos às estrelas (a uma distância equivalente a um quarto do percurso da Terra ao Sol), pode haver ainda mais "gêmeos" terrestres orbitando sóis por aí.



Editoria de Arte/Folhapress
Alguns deles estariam na zona habitável das estrelas -- região com temperatura  que permite água líquida, condição básica para a vida. 



A afirmação é de um estudo liderado pelos astrônomos Andrew Howard e Geoffrey Marcy, da Universidade da Califórnia em Berkeley, publicado na "Science".



Para chegar ao resultado, eles analisaram 166 estrelas dos tipos G (o mesmo do Sol, com luz amarela) e K (um pouco menores e com coloração avermelhada).



Com base em cinco anos de observação, eles afirmam que o número de planetas em torno das estrelas aumenta conforme o tamanho deles fica mais próximo do da Terra.



Isso contraria uma das teorias mais aceitas sobre a formação e migração dos planetas. Segundo ela, na região onde os cientistas localizaram mais planetas, deveria existir uma espécie de "deserto planetário".



Até pouco tempo atrás, os cientistas só conseguiam detectar planetas gigantes, como Júpiter e Netuno.



A pesquisa do grupo americano --que usa um supertelescópio no Havaí- refinou os resultados até às chamadas super-Terras (planetas com massa entre três e dez vezes a da Terra).



A quantidade de planetas com massa realmente semelhante à Terra --até duas vezes-- foi feita por estimativa.



"Isso significa que a Nasa [agência espacial americana], ao desenvolver novas tecnologias para de fato encontrar planetas do tamanho da Terra na próxima década, não precisará ir muito longe", afirmou Howard.



Com a conclusão dos pesquisadores, ficamos um passo mais próximos de resolver a equação de Drake --conta que tenta estimar o número de civilizações extraterrestres da Via Láctea.



Criada em 1961 pelo americano Frank Drake, a equação tem diversas variáveis que ainda não são conhecidas, como a quantidade de planetas onde, de fato, existe vida.







 
FONTE: FOLHA ONLINE / GIULIANA MIRANDA - DE SÃO PAULO
 
Notícia divulgada em 29.10.2010.
Morre arqueólogo que descobriu palácio do rei Herodes



DA ASSOCIATED PRESS



O arqueólogo israelense Ehud Netzer, que se tornou conhecido pela escavação do palácio de inverno do rei Herodes e descoberta da tumba do monarca, morreu ao sofrer uma queda. Ele tinha 76 anos.


A imprensa israelense menciou a morte de Netzer com destaque. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu divulgou um comunicado em que dizia ser "uma perda para a família e para os estudiosos da história de Israel e da ciência da arqueologia".


Netzer conversava com colegas no sítio arqueológico quando um corrimão de segurança de madeira se partiu e ele caiu a vários metros do chão. A queda ocorreu no domingo e, levado às pressas com ferimentos graves ao hospital, faleceu na quinta-feira. O funeral será realizado nesta sexta-feira.



As descobertas de Netzer ajudaram a expandir o conhecimento sobre Israel do passado, especialmente a história do rei Herodes que controlou a Terra Santa sob a ocupação romana imperial há dois milênios.



VEJA O QUE FOI PUBLICADO EM 08.05.2007:





Arqueólogos israelenses apresentam restos do rei Herodes


 Efe, em Jerusalém


Uma equipe israelense de arqueólogos afirma ter descoberto o túmulo do rei Herodes no deserto da Judéia. Eles exibiram nesta terça-feira os restos mortais, em entrevista coletiva, em Jerusalém.



A descoberta, anunciada ontem à noite pela Universidade Hebraica de Jerusalém, aconteceu na zona arqueológica conhecida como Herodium.

Avi Ohayon/AP
Restos de rei foram encontrado na zona arqueológica de Herodium


O responsável pelas escavações, o catedrático da Universidade Hebraica Ehud Netzer, disse que a sepultura foi profanada e o mausoléu foi destruído, provavelmente em um gesto de ira contra Herodes durante a grande revolta judaica contra o Império Romano do primeiro século.



O lugar, entre dois palácios que o monarca fez construir no cume do monte Herodion, e a qualidade das peças achadas desfazem qualquer dúvida sobre o destinatário da sepultura, ressaltou.



"É desnecessário recorrer ao (teste de) carbono 14, pois esta prova só é usada quando não há outros indícios da idade de uma peça", explicou Netzer, pesquisador de prestígio internacional especializado no período "herodiano".



No Novo Testamento, Herodes é descrito como um rei sanguinário. Segundo os Evangelhos, ao saber do nascimento de Jesus Cristo, Herodes mandou assassinar todos os meninos com menos de dois anos na cidade de Belém. O rei pretendia com isso eliminar o "rei dos judeus" que teria nascido naquele local.



Jesus escapou da matança, pois já havia fugido com sua família para o Egito. O episódio ficou conhecido como "massacre dos inocentes".

 
 
 
 
 
FONTE: FOLHA ONLINE


Notícia divulgada em 29.10.2010
Pfizer retira do mercado 38 mil unidades de remédio contra colesterol



A Pfizer retirou do mercado 38 mil unidades do medicamento Lipitor, remédio que combate o colesterol, depois que os clientes se queixaram do forte cheiro do pote, informou nesta sábado (30) a "CNN".



A empresa indicou em comunicado que os frascos foram fornecidos por outro fabricante e a retirada afetará comprimidos do Lipitor de 40 miligramas, distribuído nos Estados Unidos.



Segundo a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos EUA, não foram registrados problemas de saúde relacionados ao incidente.



A companhia disse que a média de queixas recebidas foi de três para cada milhão de potes. No início do ano, a Pfizer retirou do mercado 190 mil unidades do Lipitor devido a denúncias parecidas relacionadas ao cheiro.




FONTE: FOLHA ONLINE / DA EFE, EM WASHINGTON

Notícia divulgada em 31.10.2010
Glândula do sistema imunológico abriga células de tumor



As células do câncer podem encontrar abrigo no próprio sistema imunológico. O dado é de uma pesquisa que pode ajudar a explicar por que os tumores voltam após ciclos de quimioterapia.



Experimentos em ratos mostraram que o estresse da quimioterapia leva algumas células do tumor ao timo, glândula que produz células de defesa.



A glândula envolve as células tumorais em agentes protetores, segundo pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology, nos EUA. O estudo sugere que os tratamentos contra o câncer devem atacar esse "esconderijo".



"Terapias de câncer bem-sucedidas precisam ter um componente que mate as células do tumor e também que bloqueie sinais que favorecem sua sobrevivência", afirmou o pesquisador Michael Hemann.



 
FONTE: FOLHA ONLINE / DA REUTERS
Estresse tem pouco impacto no ganho de peso, diz estudo



Uma nova revisão de estudos mostra que, em média, o estresse tem poucos efeitos de longo prazo no peso.


Pesquisadores analisaram 32 artigos publicados sobre o assunto e descobriram que, contrariando o senso comum, a maioria não encontrou associações entre os níveis de estresse e o ganho de peso ao longo dos anos.



Isso não significa necessariamente que o estresse não influencie o peso de algumas pessoas, segundo o pesquisador Andrew Steptoe, da University College London, no Reino Unido. O efeito médio do estresse no peso pode ser pequeno, mas é possível haver diferenças individuais.



"Algumas pessoas podem aumentar a ingestão de comida sob estresse, enquanto outras perdem o apetite", disse Steptoe.



Além disso, diferentes tipos de estresse -associado a trabalho ou a eventos específicos- podem afetar o peso de forma distinta.



Os estudos analisados nessa pesquisa foram publicados nos últimos 20 anos. Todos eles tinham as medidas dos níveis de estresse dos participantes e os acompanharam ao longo do tempo, para verificar a influência sobre o peso, por até 38 anos.



Só um quarto das pesquisas acharam uma modesta relação entre ganho de peso e estresse. Em geral, os homens são mais afetados do que as mulheres, outro fato que contraria o senso comum.



"A mensagem geral é que, com base nas melhores pesquisas científicas, não é provável que o estresse tenha um papel importante para a obesidade", diz Steptoe.



Mesmo assim, ele reconhece que são necessários mais estudos que expliquem por que algumas pessoas engordam mais por causa desse transtorno.



 
FONTE: FOLHA ONLINE / DA REUTERS 
Dieta tem mesmo efeito de remédio contra colesterol



Cortar do cardápio alimentos gordurosos e incluir vegetais pode diminuir em até 20% os índices de colesterol, segundo especialistas.



Efeito colateral dificulta adesão à estatina



A mudança na dieta é tão eficaz quanto o uso de doses de estatina, droga mais receitada para o tratamento do problema.



De acordo com o médico nutrólogo Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia, para conseguir o resultado é preciso diminuir o consumo de gordura de origem animal, comer mais fibras e alimentos com fitoesterois (compostos presentes em óleos vegetais e adicionados a margarinas).



"Se a pessoa tiver uma dieta desregrada e mudar os hábitos alimentares os resultados são ainda mais rápidos."



As alterações nos níveis de colesterol -gorduras importantes do sangue- aumentam o risco de aterosclerose (formação de placas no interior das artérias), infarto e acidente vascular cerebral.



Os índices são medidos a partir dos níveis de LDL, o chamado colesterol ruim, e HDL, o colesterol bom.



Segundo o cardiologista e nutrólogo Daniel Magnoni, do HCor (Hospital do Coração), alguns nutrientes têm o poder de ajudar no controle do problema.



"Há substâncias comprovadas, como a isoflavona da soja ou a beta-glucana da aveia. Mas também há muitos mitos", afirma.



Suco de berinjela com laranja, por exemplo, não adianta nada. "Todas as fibras solúveis de vegetais e frutas têm o mesmo efeito. Não há diferença entre uma ou outra", diz. Ou seja: não importa se é casca de maracujá ou uma simples pera.



Além das fibras, funcionam também as gorduras mono e poli-insaturadas do azeite, o ômega 3 dos peixes e os flavonoides do vinho.


Editoria de Arte/Folhapress

 
 
 ALÉM DA DIETA



Há, porém, um limite para os efeitos da mudança alimentar. "Dizemos que 30% das alterações no colesterol são causadas pela dieta", diz o médico cardiologista Raul Dias dos Santos Filho, do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da USP.



A genética também é determinante. E, nesse caso, pode não ter cardápio que resolva. "Dependendo do risco de desenvolver complicações e do índice de LDL, não tem como ficar sem receitar remédios", afirma Magnoni.



A dieta também não elimina a avaliação médica. "A mesma dieta não funciona para todos", diz Ribas Filho.



 
 
FONTE: FOLHA ONLINE / JULIANA VINES - SÃO PAULO
Ficha Limpa é um passo importante para a política", afirma professor de ética e política




Para o professor de ética e política da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Roberto Romano, a lei da Ficha Limpa é "um passo importante", mas ele chama a atenção para a "imprevisibilidade" das decisões do Supremo Tribunal Federal no julgamento de casos em que a lei deva ser aplicada.



Roberto também abordou a mudança de comportamento dos eleitores que segundo ele tem "a cultura política mais amadurecida" e que os representantes políticos não estão seguindo este ritmo de "modernização".



 
FONTE: FOLHA ONLINE
Veja o novo mapa do Congresso e conheça os deputados e senadores eleitos



A presidente eleita Dilma Rousseff (PT) terá ampla maioria no Congresso Nacional.



A petista conta com 311 dos 513 deputados. Mas, se tomado o arco de partidos que hoje apoiam o governo Lula, ela teria uma base de 402 parlamentares --a maior desde a redemocratização do Brasil.



Os principais alvos de negociação do futuro governo Dilma serão PP, PTB e PV, que optaram por não se coligarem formalmente à chapa dela ao Planalto.



No Senado, a petista também terá maioria confortável, que variaria hoje entre 52 e 60 das 81 cadeiras.



 
 
FONTE: FOLHA ONLINE
Derrotado, Serra corre risco de isolamento político após campanha errática


"Vocês não estão vendo que esta é a minha última chance?", esbravejou o então pré-candidato ao Palácio do Planalto, José Serra, ao esmurrar uma mesa cercada de aliados. O relato, feito por participantes do encontro, parece atual. Reflete o espírito ansioso e autocentrado de quem diz ter se preparado “a vida inteira” para comandar a República. A história ajuda a explicar a obstinação do tucano neste ano, cheio de ombradas nos rivais.

 
Mas aconteceu há oito anos, quando, como ministro da Saúde, almejava a cadeira do então presidente Fernando Henrique Cardoso. Serra não teve sucesso, mas a vontade nunca sumiu. Hoje, aos 68 anos de idade e pela segunda vez derrotado em sua busca, o tucano tem seu projeto político novamente rejeitado pelas urnas. Em um segundo turno mais equilibrado do que o previsto pelos institutos de pesquisa, o candidato tucano conseguiu expressivos, porém insuficientes 43.711.299 milhões de votos, ou 43,95% do total. Sua rival, a petista Dilma Rousseff, amealhou 55.752.493 de votos (56,05% do total).



Há semelhaças entre as campanhas de 2002 e 2010. Quando perdeu as eleições que deram o primeiro mandato a Luiz Inácio Lula da Silva, após um impopular segundo governo de FHC, Serra também se esforçou para não parecer candidato do governo nem da oposição.



Em ambas as disputas presidenciais, manteve a fama de centralizador e impetuoso, organizando a própria agenda e as próprias políticas sem consultar aliados. Rachou o PSDB por ter ofuscado as conquistas do governo que ajudou a conduzir, como a modernização da telefonia. Tudo para evitar o rótulo de "estatista", eleitoralmente mal visto.



"Sou como se diz em latim na bandeira de São Paulo: não sou conduzido, conduzo", costuma dizer. Pois novamente os aliados –principalmente os não-paulistas– foram minguando. Na campanha pelo segundo turno, o ex-governador mineiro e senador eleito Aécio Neves até ensaiou se engajar. Mas não foi o bastante para evitar o triunfo de Dilma, nascida em Belo Horizonte. Serra foi conduzido a mais uma derrota.



Quando se elegeu prefeito de São Paulo (2004) e governador paulista (2006), Serra ainda não tinha a idade como empecilho para tentar o Palácio do Planalto. Derrotado, fica sem mandato político e com maior concorrência numa eventual nova chance de buscar o cargo, já que o partido conta com os mais jovens Aécio e Geraldo Alckmin na fila da sucessão.



Flexibilidade retórica

Para dirigentes de partidos que compuseram sua aliança, os maiores problemas na campanha de Serra foram as idas e vindas do discurso do candidato, além da demora em assumir que que postulava a sucessão de Lula. A forma com que se referia a Lula é emblemática. Chegou a dizer que o presidente estava "acima do bem e do mal", para depois, na reta final, criticá-lo com dureza.



"Somos dois homens de história, é natural que eu cite o presidente", disse o tucano para justificar o uso de imagens de Lula no horário eleitoral. As críticas internas na ocasião recaíram sobre o marqueteiro Luiz González. Mas a decisão de exibir foi do candidato.



"O tom oposicionista só se fortaleceu no segundo turno, quando muitos dos votos já estavam cristalizados", afirmou o cientista político David Fleischer, da UnB (Universidade de Brasília) ao UOL Eleições. "Usar Lula na TV mostrou que Serra não sabia bem qual papel desempenhar."



Foi Serra, dizem tucanos mineiros, quem acirrou o confronto com Aécio pela candidatura à Presidência. Contrariado, o senador eleito abriu mão meses antes do esperado, atraindo a mira dos aliados de Lula para o então governador de São Paulo.



O ex-ministro da Saúde tentou atrair o ex-rival interno para a vice na chapa, para atenuar a crise. Acabou levado a escolher o pouco conhecido e verborrágico deputado federal Indio da Costa (DEM-RJ).



"Esse processo de escolha tirou confiança da candidatura no nascedouro", diz Fleischer. "No segundo turno, Serra até chegou a ter chances de virar na primeira semana, mas a verdade é que os eleitores que deixaram Dilma tinham apenas feito um pit-stop entre os indecisos e, parte deles, em Marina. Tanto é assim que Serra nunca subiu enquanto Dilma caía nas pesquisas, nem no primeiro turno nem no segundo."



Falta de agenda

Na reta final do primeiro turno, Serra –que se esforçava para deixar o tom professoral e se encaixar no papel de "Zé", simples e popular-, viu-se diante de dois escândalos que poderiam abalar a candidatura petista: o vazamento de dados sigilosos da Receita Federal, incluindo o de sua filha, Verônica, e as denúncias de tráfico de influência e propina no governo, levando à queda da ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra.



Martelou os dois assuntos na imprensa, e a campanha de Dilma foi abalada. Muitos eleitores abandonaram a petista, mas a maioria deles migrou para a candidatura de Marina.



Ainda assim, haveria um segundo turno para confirmar o dogma dos marqueteiros políticos brasileiros: quem bate, perde. E o que se viu foi quase uma "pancadaria" verbal entre Dilma e Serra do início de outubro até o dia da votação final. Com os dois no ataque, a petista se beneficiou.



"Houve dificuldade muito grande da campanha do PSDB em colocar uma agenda nova para o Brasil. O candidato Serra não conseguiu isso", diz o cientista político Luciano Dias, do Ibep (Instituto Brasileiro de Estudos Políticos). "Surgiu a pauta religiosa, que Serra abraçou com mais fervor do que Dilma, porque achou que surfaria nela. Mas a verdade é que a agenda econômica cedo ou tarde prevaleceria. E esse sempre foi o ativo de Lula."



Na reta final do segundo turno, em meio à falta de fatos novos que abalassem a candidatura de Dilma, um assunto improvável virou tema de discussão com repercussão no noticiário nacional: afinal, Serra teria sido atingido apenas por uma bolinha de papel atirada por petistas na zona oeste do Rio de Janeiro ou também por um objeto mais pesado, não detectado claramente pelas câmeras presentes no local?



A pauta negativa não ajudou o tucano a reverter a desvantagem. Sem fatos novos da campanha, estava selada a vitória de Dilma. Pelo menos por enquanto, terá de buscar consolo no que disse a influente revista britânica "Economist" a seu respeito: "O melhor presidente que o Brasil nunca teve".

 
 
 
 
FONTE: Maurício Savarese - Do UOL Eleições - Enviado a Brasília
Líderes mundiais parabenizam Dilma Rousseff pela vitória



A escolha da petista Dilma Rousseff para substituir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no comando do Brasil pelos próximos quatro anos foi vista com bons olhos pelos presidentes Nicholas Sarkozy (França), Zapatero (Espanha), e pelos latino-americanos Cristina Kirchner (Argentina), Hugo Chávez (Venezuela) e Evo Morales (Bolívia), os primeiros líderes mundiais a parabenizarem a primeira mulher eleita presidente do Brasil.


O presidente Francês foi o primeiro a se manifestar em um comunicado emitido pelo Eliseu logo após a divulgação dos resultados oficiais. Sarkozy afirmou que a eleição de Dilma reflete o "reconhecimento do povo brasileiro pelo considerável trabalho feito pelo presidente Lula para fazer do Brasil um país moderno e mais justo". O presidente francês afirmou ainda que "França e Brasil compartilham os mesmos valores e uma visão comum do mundo".



Na América Latina, os principais líderes deram boas-vindas à petista. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez não poupou palavras para cumprimentar a eleita e afirmou que ela se tornará "uma gigante". "Vou mandar este beijo para a minha querida Dilma", disse Chávez em seu programa dominical “Alô, Presidente”.



Cristina Kirchner, presidente da Argentina, também parabenizou a petista dizendo que ela agora faz parte do “clube de companheiras do gênero”. Além das duas, a América Latina tem outra mulher presidente: Laura Chinchilla, na Costa Rica.



A argentina telefonou na noite de domingo para Dilma e reafirmou a "indeclinável vontade de seguir trabalhando com o governo e nação irmã do Brasil para aprofundar a estreita e rica relação que une os dois países".



Argentina e Brasil, maiores sócios do Mercosul (também formado por Paraguai e Uruguai), mantêm uma sólida relação bilateral e posições comuns em muitos temas da política internacional.




Evo Morales, presidente da Bolívia, qualificou de "triunfo da democracia latino-americana" a vitória de Dilma neste domingo.



"É um triunfo da democracia latino-americana", disse Morales ao comentar o resultado do segundo turno presidencial no Brasil, segundo a agência oficial ABI. A vitória petista também significa que a democracia voltou a triunfar em "uma América Latina unida que aposta na mudança", completou o presidente boliviano. O Brasil é o maior comprador de gás boliviano, com uma média de 30 milhões de metros cúbicos diários.



Espanha e Irã



O primeiro-ministro da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, felicitou em um telegrama a presidente eleita do Brasil, Dilma Rousseff e desejou "êxito em nome do governo espanhol e do meu próprio".



O presidente da Comissão Europeia (CE), José Manuel Durão Barroso, parabenizou Dilma nesta segunda-feira (1º) e destacou o "significado histórico" da escolha da primeira mulher para governar o país. Em carta, Barroso recorda que recebeu a vencedora do pleito em Bruxelas em junho, quando ainda era candidata, e convida Dilma para uma nova visita.



"O Brasil é um lugar estratégico de primeira importância para a União Europeia. Compartilhamos valores comuns e objetivos estratégicos, tanto no que diz respeito a questões econômicas e financeiras, quanto na mudança climática e na liberalização do comércio mundial", assegura Barroso.



O Brasil, parceiro estratégico da UE desde 2007, é também o país da América Latina que recebe mais investimentos europeus diretos, algo em torno de 87 bilhões de euros.



O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, disse em carta, também nesta segunda, que com a vitória de Dilma, "o Brasil continuará no caminho do progresso e do desenvolvimento, inclusive de forma mais rápida”.



Sobre as relações entre os dois países, Ahmadinejad declarou que "os laços de amizade construídos entre os dois países durante a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva produziram avanços a nível bilateral, regional e internacional".



Dilma Rousseff (PT) venceu o segundo turno da eleição presidencial neste domingo (31) contra José Serra (PSDB), com 56% dos votos, contra 43,9% do adversário.




FONTE: UOL / Do UOL Eleições / Com agências internacionais