domingo, 13 de junho de 2010

Os prazeres que vêm do cérebro




Descobertas para uma nova ética



resumo

Estudos recentes estabelecem as bases neurológicas do prazer e seu papel central na formação do cérebro. Modulado pela experiência, o prazer é decisivo para o cumprimento dos imperativos darwinianos da sobrevivência e da procriação, mas também está na origem de vícios e intolerâncias.

HÉLIO SCHWARTSMAN


O QUE OBESOS MÓRBIDOS, ESPORTISTAS RADICAIS, alcoólatras, fetichistas por pés e religiosos têm em comum? Todos eles são animados pela mesma força motriz: o prazer.

E o que é o prazer? É difícil dizer. Embora tenha desde sempre chamado a atenção dos filósofos -Aristipo de Cirene, um dos discípulos de Sócrates, fundou a primeira escola hedonista no início do século 4º a.C.-, foi só nas últimas décadas que a ciência reuniu os recursos necessários para investigar o fenômeno a fundo, permitindo a elaboração de hipóteses que avançam para além do terreno puramente especulativo.

Estamos assistindo ao surgimento da ciência do prazer. Os resultados dessas pesquisas começam a aparecer em obras como "How Pleasure Works", de Paul Bloom. A Folha obteve um exemplar do livro, que será lançado amanhã nos EUA.

Para a neurociência, a finalidade do prazer é quase óbvia. Ele serve para fazer com que seres vivos mais complexos, como aves e mamíferos, persigam os imperativos darwinianos da sobrevivência e da procriação. Nem mesmo um Schwarzenegger primitivo andaria com uma tabela dietética no bolso, mas seu incontível desejo por açúcares e gorduras o levaria a buscar alimentos ricos nesses macronutrientes essenciais.
univ
Ao contrário de seu antípoda, a dor, o prazer não é exatamente uma sensação. De acordo com Morten L. Kringelbach, vinculado às universidades de Oxford e de Aarhus (Dinamarca) e autor de "The Pleasure Center - Trust Your Animal Instincts" [O Centro do Prazer - Confie nos seus Instintos Animais, Oxford University Press, 304 págs., US$ 24,95, R$45], o prazer resulta da antecipação e subsequente avaliação de sensações produzidas por estímulos.

Trata-se, portanto, de um complexo fenômeno psicológico, ligado ao sistema de recompensa do cérebro e constituído por processos conscientes e não conscientes. Tem como subelementos o desejo, o gosto e a aprendizagem. E isso, como veremos, terá importantes implicações práticas. Historicamente, o sistema de recompensa foi descoberto por James Olds e Peter Milner nos anos 50. Seus experimentos consistiam em implantar eletrodos em diferentes regiões do cérebro de ratos e ativá-los com eletricidade. cie

Os cientistas perceberam que as cobaias pareciam gostar de determinados estímulos. Mudando um pouco os procedimentos, deixaram que os próprios animais acionassem a corrente através de uma alavanca. Com isso, mapearam as áreas do cérebro que se mostravam mais prazerosas. Com os eletrodos nos pontos certos, os ratos passavam o dia se autoestimulando. Desistiam do sexo e até da comida. Em uma palavra, estavam viciados.



MOLÉCULA DO PRAZER

As zonas do cérebro então identificadas como centros de recompensa foram o sistema límbico e o "nucleus accumbens", cujos neurônios têm numerosos receptores para o neurotransmissor dopamina, a "molécula do prazer".

Seria um erro considerar o prazer como um tempero, mero adjuvante na busca de comida e parceiros sexuais. É uma das principais forças que nos faz agir. Sem ele, não teríamos motivação nem para descer das árvores toda manhã. Não por acaso, a anedonia, perda da capacidade de sentir prazer, é um traço comum de várias doenças mentais.

O prazer age primordialmente por vias emocionais, bem mais eficientes e rápidas do que as racionais. Hamlet pode ficar imobilizado pela dúvida existencial, mas quem se depara com um urso sente medo e sai correndo sem pensar, preservando os seus genes para futuras gerações.

E por envolver a aprendizagem, o prazer garante jogo de cintura para adaptar-se a eventuais mudanças no ambiente. O animal que gosta de frutas doces tem mais chances de dar-se bem do que o bicho que extrai seu quinhão de frutose exclusivamente de amoras, por exemplo.

Os estudiosos fazem a distinção entre os prazeres fundamentais (sensórios, sexuais e sociais) e os de ordem superior (monetários, artísticos e transcendentais). Em princípio, partilharíamos os primeiros com outros animais. Já os últimos seriam exclusividade humana.



PAPEL ESSENCIAL

O caráter adaptativo do prazer, contudo, é apenas o começo. Gene Wallenstein, neurocientista que se especializou em biologia das emoções, aponta o papel essencial do prazer no desenvolvimento e na maturação do cérebro.

Para entender melhor a tese, desenvolvida no livro "The Pleasure Instinct - Why We Crave Adventure, Chocolate, Pheromones, and Music" [O Instinto do Prazer - Por que Clamamos por Aventura, Chocolate, Feromônios e Música, Wiley, 256 págs., US$ 24,95, R$ 45], é preciso recorrer a um pouco de genética e embriologia.

O Projeto Genoma Humano identificou algo como 25 mil genes. Um cérebro de Homo sapiens tem cerca de 100 bilhões de neurônios; cada um se conecta a milhares de outros, perfazendo um total de 1014 (o número 1 seguido de 15 zeros) conexões nervosas.

Tamanha desproporção sugere que a informação genética é insuficiente para especificar o lugar de cada neurônio no cérebro, bem como os pontos de ligação com outras células nervosas. Os genes trazem regras muito gerais de desenvolvimento e migração neuronal, que vão sendo ajustados ao longo do processo.

A sintonia fina cerebral se faz pela criação de numerosas ligações entre os neurônios (sinaptogênese), seguida da eliminação das conexões que não foram utilizadas (poda). O adjetivo "numerosas" aqui não é força de expressão. Entre a metade da gestação e os dois anos de idade, o cérebro forma 1,8 milhão de novas sinapses por segundo!

O processo de poda é bem mais lento: estende-se até o final da adolescência. O prazer funcionaria aqui como fio condutor, levando o indivíduo, desde a fase embrionária (sim, fetos já sentem prazer) a buscar as experiências necessárias para que seu cérebro seja ligado corretamente. As conexões que mais produzem prazer são constantemente estimuladas e, por isso, reforçadas; as menos utilizadas acabam sendo eliminadas.

Para dar uma ideia de quão crítico é o processo, basta evocar os experimentos feitos com gatos que têm os olhos tapados ao nascer. Sem a experiência da visão presidindo à geração e poda de sinapses, o cérebro deles não aprende a enxergar. Se a venda só for retirada após a "fase crítica", os gatos ficam cegos para sempre, embora seu equipamento óptico esteja em perfeitas condições.

Esse, aliás, é um bom argumento para mostrar que a dicotomia genes-ambiente (em inglês é mais sonoro: "nature-nurture") não faz muito sentido. As instruções embutidas nos genes só ganham real significado depois de moduladas pela experiência.



PRAZERES INTRAUTERINOS

Segundo Wallenstein, conservamos até o fim os prazeres que foram importantes na vida intrauterina e na primeira infância. Um exemplo: bebês gostam de ser chacoalhados; e gostam porque isso faz bem a eles. É uma experiência importante, em que o cérebro se ajusta para lidar com o equilíbrio e o movimento.

O mesmo processo se repete para cada um dos sentidos. Calibrar o cérebro para a visão, por exemplo, exige que nos exercitemos na observação de cores, linhas e, em especial, no reconhecimento de faces. Daí o nosso gosto inato pelas cores primárias, pela simetria e a verdadeira obsessão humana por rostos. De modo análogo, a curiosidade sonora do bebê e seus balbucios já são a primeira fase da aquisição da linguagem.

A eficácia da estimulação cinética nos primeiros meses de vida foi demonstrada num experimento com gêmeos idênticos. O bebê que foi mais sacudido começou a andar quatro meses antes de seu irmão. Como o gosto pela agitação permanece mesmo quando sua finalidade primordial já foi cumprida, crianças adoram correr e pular, jovens divertem-se testando os limites de aceleração de carros, e até os mais pacatos idosos curtem a cadeira de balanço.



CHOCOLATE

A neurociência também explica por que o chocolate é tão irresistível. Entre seus mais de 350 compostos conhecidos, há pelo menos três grupos que falam diretamente a nossos órgãos de prazer. O mais famoso é a sucrose, que não é mais que o bom e velho açúcar. Algumas gotinhas bastam para acalmar um bebê chorão. Elas ativam o sistema opioide do cérebro, que regula a resposta do corpo ao estresse.

Além da sucrose, o chocolate contém teobromina (um estimulante leve) e feniletilamina, quimicamente similar à anfetamina. Uma vez no cérebro, elas ativam os sistemas da dopamina e da noradrenalina, ligados à atenção e à excitação.

Por fim, o terceiro grupo traz a anandamina, que ativa os mesmos receptores do THC - tetraidrocanabinol, o princípio ativo da maconha-, e mais duas moléculas, que fazem com que seu efeito perdure por mais tempo.

O chocolate seria, assim, uma improvável combinação de morfina, anfetamina e maconha no mesmo produto. Difícil resistir. A comparação só não é exata porque as drogas ilícitas ou controladas produzem versões potencializadas do "barato".



VÍCIO

Isso nos leva ao lado negro do prazer, que é o vício. De acordo com Wallenstein, recentes pesquisas em neurociência mostram que, além do sistema da dopamina, existem pelo menos três outros que estão ligados ao prazer. Mais importante, os circuitos neuronais responsáveis pelo querer e pelo gostar funcionam de forma independente. É o que explica, por exemplo, por que dependentes fazem de tudo para obter sua ração diária de droga, mesmo afirmando que não gostam tanto como nas primeiras utilizações.

É o que explica, também, por que é possível tornar-se viciado em produtos como o cigarro, intragáveis para quem experimenta pela primeira vez.

Conhecer melhor os mecanismos da dependência, além de indicar alvos para o desenvolvimento de novos fármacos, também pode levar à revisão de algumas estratégias terapêuticas.

Wallenstein sugere que pode ser contraproducente abordar uma droga de cada vez -alcoólatras que buscam tratamento para a dependência de álcool e são também fumantes raramente recebem incentivo para abandonar o cigarro ao mesmo tempo. Todas as drogas, afinal, excitam os mesmos centros de recompensa. Tentar parar de beber sem parar de fumar seria como prescrever um tratamento que incluísse pequenas doses de álcool. Se esse modelo é exato, as terapias de substituição não fariam sentido.

O vício é o mais evidente dos curtos-circuitos do prazer, mas está longe de ser o único. Racismo, estupro de virgens e intolerância religiosa seriam outros desvios comuns, na interpretação de Paul Bloom, autor do esperado "How Pleasure Works - The New Science of Why We Like What We Like " [Como o Prazer Funciona - A Nova Ciência de Por Que Gostamos Daquilo de que Gostamos. W. W. Norton, 280 págs., US$ 26,95, R$ 49].

Nem todos os prazeres, porém, têm valor adaptativo. Sobretudo no mundo moderno, eles surgem como subproduto de preferências que foram importantes no passado humano ou no desenvolvimento de cada indivíduo.

É o caso do café. Não dá para dizer que gostamos de café porque caçadores-coletores que bebiam essa infusão obtiveram uma vantagem sobre os que não a ingeriam. O café é apreciado porque é uma droga estimulante, e nós gostamos de ser estimulados.



ESSENCIALISMO

Para Bloom, estrela em ascensão da Universidade Yale, seres humanos têm uma visão essencialista do mundo; quando ela interage com o prazer, pode gerar subprodutos indesejáveis. O essencialismo, compreendido como a noção de que as coisas têm uma natureza oculta que as define, não é em si um mal. Ao contrário, ele nos leva a ser observadores detalhistas, que tentam ler em pistas externas a verdadeira essência dos objetos. Isso tende a favorecer a sobrevivência.

A questão é que muitas vezes o essencialismo produz confusão. Experimentos conduzidos pelo psicólogo social Henri Tajfel mostram que, ao dividir pessoas em dois grupos por critérios arbitrários (cara ou coroa, por exemplo), os indivíduos não apenas favorecem a facção em que ficaram -o que seria compreensível do ponto de vista dos prazeres sociais- como acreditam que há diferenças significativas entre as duas.

Se as características externas são mais ou menos óbvias, como a cor da pele ou o formato do rosto, são elas que despontam como relevantes e, portanto, "essenciais". Pronto: está criado o embrião do racismo e, "mutatis mutandis", da intolerância religiosa.

Existem exemplos mais divertidos do essencialismo. O que pensamos acerca de nossos alimentos altera, às vezes profundamente, a forma como os apreciamos. Num experimento com especialistas, o mesmo vinho foi rotulado como "grand cru" (de alta qualidade) ou "vin de table" (ordinário). A avaliação mudava conforme o rótulo. Se você está prestes a concluir que a crítica enológica é uma fraude, ainda não viu nada. Numa outra simulação, experts foram induzidos a confundir vinho branco com tinto. Bastou uma mentirinha e um copo escuro.

As coisas podem ficar ainda piores para os defensores da objetividade do paladar. Com a crença errada, como demonstrou outro teste, somos capazes de nos deleitar com comida de cachorro como se fosse patê de "foie gras".

Outra característica interessante -e positiva- do essencialismo é que ele nos permite apreciar a ficção e aprender com ela. Ao contrário da maioria dos animais, temos a capacidade de antecipar sensações e extrair prazer (ou sofrimento) dessa antevisão. Isso nos treina a distinguir ficção de realidade, o que abre toda uma avenida de novos prazeres.

Em primeiro lugar, ganhamos a possibilidade de "viver" situações ficcionais. A experiência pode não ser tão intensa como na realidade; embora isso atenue as sensações, também nos preserva dos perigos. Assistir no cinema a alguém sendo devorado por tubarões é mais seguro do que presenciar a cena "in loco".

Essa simulação segura é, em geral, uma boa oportunidade de aprendizado, seja para lidar com as próprias emoções, seja para adestrar-se numa atividade relevante. No mundo animal, as brigas de brincadeira entre filhotes são uma forma de aprendizado para a luta -sem o risco de ferimentos. A literatura está salva e "Crime e Castigo" vale por um tratado de psiquiatria.

Ainda mais curioso, de acordo com Bloom, o fato de jogarmos mentalmente com o binômio segurança-emoção nos torna capazes de extrair prazer de sensações desagradáveis, como a queda livre da montanha-russa e o filme de terror. Esse comportamento pode prolongar-se para fora da ficção, desde que numa situação que saibamos ser controlada. É o que explica a nossa curiosidade diante de acidentes de carro, comidas condimentadas -o ser humano é o único animal que aprecia Tabasco, assevera Bloom- e até o masoquismo.



FETICHES

E, se o assunto é sexo, esse é um terreno fértil para nossas projeções essencialistas. Num experimento com perus selvagens, os pesquisadores tentaram identificar qual a "unidade mínima" de perua que os excitaria.

Para isso, foram testando a resposta dos machos a manequins de peruas, das quais iam retirando cauda, pés, asas etc. Descobriram que bastava espetar uma cabeça num pau para despertar o vigor nos machos. Na verdade, os perus preferiam a cabeça sozinha a um corpo acéfalo. Eis aí um modelo para o fetichismo.

No caso dos humanos, o fetiche mais frequente é por pés. Há uma explicação neurológica para isso. A área do cérebro que processa as informações táteis da genitália é vizinha à responsável pelos pés, ao alcance de apenas algumas sinapses extras.

A tara por virgens também resulta de uma visão essencialista, desta vez moldada pela seleção sexual. Desde que a espécie humana perdeu o estro, ficou muito mais difícil para o macho ter certeza de quem são seus filhos (se as mulheres fossem férteis apenas num período do ano, bastaria vigiá-las de perto nesse intervalo).

Antes da pílula e da inseminação artificial, a melhor garantia de não estar criando filhos alheios (o pior pesadelo darwiniano) era relacionar-se com uma virgem. O hábito, que ainda evoca ideias como as de pureza e inocência, ficou e estendeu-se para outras áreas, gerando comportamentos moralmente indefensáveis como a pedofilia, o estupro de virgens com vistas a curar doenças e os crimes "em defesa da honra".



ÉTICA

No fundo, tinha razão Epicuro (341 a.C.-270 a.C.), um dos primeiros filósofos hedonistas. Sem rejeitar o prazer, ele percebeu a necessidade de enquadrá-lo dentro de uma ética. Poderíamos até dividir a história da filosofia em sistemas ou autores que nutrem simpatia pelos apetites naturais (hedonismo, empirismo, Diderot, utilitarismo) e aqueles que os denunciam como fonte dos males humanos (estoicismo, santo Agostinho).

O que a incipiente ciência hedônica sugere é que o prazer, mais do que um impulso a ser disciplinado, é uma das principais forças que dirige a formação do cérebro e que nos confere o gosto pela vida. Compreender os caminhos por vezes estranhos a que ele nos conduz é o primeiro passo para uma nova ética do prazer, que nos permita evitar suas armadilhas e utilizá-lo para tornar mais eficientes práticas como a educação e tratamentos de doenças.





FONTE: FOLHA DE SÃO PAULO / ILUSTRÍSSIMA
Papagaios "bêbados" caem do céu e das árvores na Austrália




Dezenas de papagaios aparentemente bêbados estão caindo do céu e das árvores em uma cidade do norte da Austrália, enquanto veterinários responsáveis pelo tratamento das aves investigam a causa do fenômeno.

A imprensa local informou nesta quarta que os animais perdem a coordenação e adormecem, como se estivessem de "ressaca".

O estranho fenômeno ocorre a cada ano na localidade de Palmerston, no estado australiano do Território do Norte, mas até agora nunca em tal quantidade.

"Parece que estão alcoolizados. Caem das árvores como se tivessem perdido a coordenação, não conseguem se equilibrar nos galhos", conta Lisa Hansen, uma cirurgiã do hospital veterinário da cidade.

Hansen explicou que os pássaros são intoxicados por algum tipo de alimento que altera suas funções motrizes, como voar.

"Ficam caídos no chão das gaiolas, a cabeça pende para o lado, também se escondem sob as folhas", disse a veterinária.

Os analistas não concordam sobre o tipo de intoxicação que atinge as aves, pois falam em planta enquanto outros acreditam tratar-se de um vírus.

Hansen explicou que os "papagaios bêbados" estão caindo nos jardins e estradas e, em alguns casos, passam vários dias em terapia intensiva antes de conseguirem voar novamente.





FONTE: FOLHA ONLINE / DA EFE, EM SIDNEY


Notícia divulgada em 02/06/2010.
Cérebro se acostuma a efeitos da maconha, diz estudo




O consumo de maconha afeta o funcionamento do cérebro, mas o organismo é capaz de se acostumar com os efeitos, segundo estudo científico publicado nesta sexta-feira na Austrália.

Pesquisadores da Universidade de Wollongong afirmam que o principal componente ativo da maconha, o tetraidrocanabinol (THC), fica no corpo durante semanas, por isso o cérebro das pessoas que usam habitualmente a droga está sempre exposto à substância.

Os cérebros destas pessoas precisam fazer um maior esforço que outras pessoas que não consomem maconha para realizar as mesmas tarefas, e com o tempo chegam se habituar a isso, explicou o psicólogo clínico Robert Battista à rádio local "ABC".

Battista acrescentou que cérebro se dá conta de que as conexões tradicionais deixaram de funcionar e cria novas.



FONTE: FOLHA ONLINE / DA EFE
 
Notícia publicada em 11/06/2010.
Cirurgia que reduz estômago é ligada a falhas neurológicas




A cirurgia que reduz o volume do estômago pode levar a distúrbios neurológicos semelhantes aos encontrados em pessoas desnutridas.



Em 2009, 30 mil cirurgias bariátricas foram feitas no país. Em três anos, esse número aumentou 10%.

Segundo um estudo do departamento de neurologia da Universidade de Ohio, até 16% das pessoas que fazem a cirurgia têm alguma complicação neurológica.

A principal causa é a falha na absorção de nutrientes essenciais ao funcionamento dos neurônios. A falta pode causar de incômodos reversíveis a lesões permanentes.

A maioria dessas complicações não é grave, diz o neurologista Eduardo Mutarelli, professor da Faculdade de Medicina da USP. "Podem ocorrer falta de sensibilidade, formigamentos, dor no pé. Demência e amnésia são os quadros graves e raros."

Algumas doenças aparecem semanas após a operação. É o caso da encefalopatia de Wernicke que, sem tratamento, pode evoluir para a síndrome de Korsakoff.

É uma lesão do encéfalo que causa amnésia e psicose. No início, é reversível com reposição de vitamina B1.

Outros problemas demoram anos para surgir, como degenerações de medula. Os sinais são fraqueza, perda de sensibilidade, mudança de humor. O tratamento é com ácido fólico, cobre e B12.

"Às vezes, é preciso até reverter a cirurgia, porque os problemas superam as vantagens", afirmou o médico.

O psiquiatra Adriano Segal, direto da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica), conta que a maioria dos casos que já tratou só atingiram o sistema nervoso periférico.

Mas uma paciente sua ficou com limitações para andar. "É muito raro. Só tive três casos de síndrome de Korsakoff. Se o risco fosse alto, a cirurgia seria um crime."

A prevenção é simples: a pessoa operada tem que tomar suplementos e ser acompanhada pelo resto da vida.

A equipe responsável pela cirurgia também precisa orientar o paciente e a família. "Devem saber reconhecer os sinais, porque é preciso diagnosticar e tratar imediatamente", diz o psiquiatra.

Para o neurologista Eduardo Mutarelli, é preciso esclarecer o público sobre esses riscos. "Há pessoas que até engordam mais para poder se candidatar à cirurgia. Vamos ver cada vez mais essas complicações neurológicas."


Editoria de Arte/Folha Imagem





A jornalista DÉBORA MISMETTI viajou a convite do congresso




FONTE: FOLHA ONLINE / DÉBORA MISMETTI - EDITORA-ASSISTENTE DE SAÚDE, DE GRAMADO

 Notícia divulgada em 12.06.2010.
Ligação do Paquistão com Taleban "é mais forte que se pensava", diz relatório



Um relatório da London School of Economics (LSE) sugere que os vínculos entre o serviço de inteligência paquistanês (ISI, na sigla em inglês) e as forças do Taleban no Afeganistão seriam mais fortes do que se pensava.

O estudo da prestigiada universidade britânica afirma que o serviço paquistanês provê ao Taleban recursos, treinamento e proteção no Afeganistão.

Um porta-voz das Forças Armadas paquistanesas disse que o documento é parte de uma campanha maliciosa contra o país.

O autor do relatório, Matt Waldman, entrevistou nove comandantes do Talebã no Afeganistão no início deste ano.

Alguns dos entrevistados disseram que o serviço de inteligência paquistanês chegou a ter participantes em reuniões do conselho supremo do Taleban.

Eles sugeriram que o apoio paquistanês ao Taleban afegão teria como objetivo fazer uma contraposição à presença indiana no país em guerra.

As acusações de que o Paquistão tem ligações com o Taleban no Afeganistão vêm desde o fim da ocupação soviética do Afeganistão, em 1979.

Entretanto, desde 2001 o Paquistão é um "aliado-chave" dos Estados Unidos, recebendo bilhões de dólares em troca de ajuda para combater a rede extremista Al Qaeda.

"O Paquistão parece estar fazendo um jogo duplo de magnitude impressionante", diz o relatório.

O estudo é publicado ao fim de uma das mais violentas semanas para as tropas da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) no Afeganistão, que terminou com mais de 30 soldados mortos.

Segundo o relatório, sem uma mudança de atitude no Paquistão, não há muito o que o governo afegão ou a comunidade internacional possam fazer para deter o movimento insurgente.



FONTE: FOLHA ONLINE / da BBC Brasil
Terremoto atinge o norte do Japão e reflete em Tóquio



Um terremoto de magnitude preliminar 6,2 atingiu o norte do Japão neste domingo, segundo a agência japonesa de meteorologia. O tremor também afetou Tóquio.

O epicentro do terremoto foi a 40 quilômetros de profundidade no oceano, na costa leste de Fukushima, na ilha de Honshu, a principal do Japão, a cerca de 240 quilômetros de Tóquio, de acordo com a agência.

Nenhum alerta de tsunami foi emitido e não houve indícios de estragos.

O Japão responde atualmente por cerca de 20% dos terremotos em todo o mundo com magnitude 6 ou maior.



FONTE: FOLHA ONLINE / DA REUTERS, EM TÓQUIO
Colômbia resgata general sequestrado pelas Farc há quase 12 anos




A polícia colombiana resgatou neste domingo "são e salvo" o general Luiz Mendieta, oficial de mais alta patente sequestrado pelos rebeldes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) no país, que estava em cativeiro há quase 12 anos, disse o presidente Alvaro Uribe.

Na mesma operação foi resgatado um coronel que fazia parte de um grupo de 22 membros das Forças Armadas da Colômbia que a guerrilha mantinha sequestrados e que buscava trocar com o governo por guerrilheiros presos.

"Essa operação estamos conduzindo há vários dias, com muito sacrifício, na qual foi morto um sargento. Já havíamos penetrado a área e ainda estamos em combates, mas já está a salvo e em nosso poder o general Mendieta e o coronel Murillo", afirmou Uribe durante uma reunião de governo.

O governo de Uribe mantém uma política de confronto com as Farc há vários anos.

A operação de resgate ocorreu em uma área de floresta próxima ao município de Calamar, no Departamento (Estado) de Guaviare.

 
 
 
FONTE: FOLHA ONLINE / LUIS JAIME ACOSTA - DA REUTERS, EM BOGOTÁ
Confrontos étnicos matam 113 no Quirguistão, na pior onda de violência em 20 anos




A Rússia mandou 150 paraquedistas ao Quirguistão neste domingo para proteger suas bases militares, no momento em que os confrontos étnicos se espalham pelo país do centro da Ásia, elevando o número de mortos para 113 neste quarto dia de violência.

O Ministério da Saúde disse que 92 pessoas foram mortas em Och e 21 em Jalalabad, e 1.045 ficaram feridas. Ao menos cinco policiais morreram, segundo o Ministério do Interior. Autoridades médicas afirmam que o número de mortos pode aumentar drasticamente, já que muitas pessoas de etnia uzbeque têm medo e não procuram ajuda médica.

Os ataques de grupos de etnia quirguiz contra bairros de etnia uzbeque deixaram cidades em chamas e levaram milhares de uzbeques a deixar o país e cruzar a fronteira rumo ao Uzbequistão. A agência de notícias russa RIA informou que até 75 mil refugiados podem ter cruzado a fronteira.

É o pior incidente étnico no Quirguistão desde 1990, quando o então líder do Kremlin Mikhail Gorbachov mandou soldados soviéticos para Och após centenas de pessoas serem mortas numa disputa de terras.

É também o momento mais violento desde que o ex-presidente Kurmanbek Bakiev foi deposto em um levante violento em abril, sendo substituído por um governo interino.

A presidente interina, Roza Otunbaieva, acusou os apoiadores de Bakiev de incitar o conflito étnico por motivos políticos. Os uzbeques apoiaram o governo interino, enquanto muitos quirguizes no sul apoiaram o governo deposto.

Do exílio em Belarus, Bakiev divulgou um comunicado classificando as acusações de "mentiras sem vergonha" e acusou o governo interino de não conseguir proteger o povo.

Confrontos

O governo interino liderado por Roza Otunbaieva mandou uma força voluntária para o sul do país e determinou neste sábado que as forças de segurança do país podem atirar para matar para conter os confrontos étnicos.

A violência começou em Och no final da quinta-feira (10), antes de chegar até Jalalabad, a cerca de 70 quilômetros. Apesar de as pessoas de etnia uzbeque representarem apenas 14,5% da população do Quirguistão, a porcentagem entre uzbeques e quirguizes é mais equilibrada nas regiões dessas duas cidades.

A situação piorou na região de Jalalabad, que se tornou o "centro das forças de instabilidade", disse o porta-voz do governo, Farid Niazov.

Homens armados atiraram contra bombeiros tentando apagar um incêndio na Universidade de Amizade dos Povos, comandada por uzbeques, ferindo um motorista, segundo o porta-voz do Ministério de Emergências, Sultan Mamatov.

Uzbeques armados com rifles de caça improvisaram barricadas tentando se proteger de grupos quirguizes armados com rifles automáticos.

Polícias e soldados pareciam estar na defensiva, evitando choque com os grupos armados. Os voos para Och e Jalalabad foram cancelados e os aeroportos, fechados.

Genocídio

Na segunda maior cidade do país, Och, os uzbeques disseram que grupos estavam praticando "genocídio" ao queimar casas e tentar atirar nos moradores quando eles tentavam fugir. Testemunhas viram corpos caídos nas ruas.

"Deus nos ajude! Eles estão matando uzbeques como animais. Quase a cidade toda está em chamas", disse por telefone Dilmurad Ishanov, funcionário de direitos humanos de etnia uzbeque.

Ativistas de direitos humanos acusaram as autoridades de não conseguir conter a violência e de se juntarem aos quirguizes. "Moradores estão nos ligando e dizendo que os soldados estão atirando neles", disse o ex-vice parlamentar Alisher Sabirov, voluntário em Och.

Refugiados

Milhares de mulheres e crianças cruzaram a fronteira em direção ao Uzbequistão. Cholponbek Turuzbekov, vice-comandante do serviço de fronteira quirguiz, disse que as autoridades uzbeques mandaram fechar a fronteira.

A agência de notícias russa RIA citou uma autoridade anônima dizendo que uma autoridade do Ministério de Emergência do Uzbequistão afirmou que 75 mil refugiados podem ter cruzado a fronteira. Uma autoridade da Cruz Vermelha disse que o número deve ser bem menor, mas provavelmente na casa dos milhares.

Uma ativista do Human Rights Watch disse que a maioria dos que fugiram são idosos, mulheres e crianças, enquanto os homens ficaram. "Eles estão ou mortos ou em Och, tentando proteger as casas que ainda não foram incendiadas."

Rússia

O Quirguistão hospedas bases aéreas militares da Rússia e dos EUA, mas elas ficam no norte do país, longe dos confrontos atuais. A Rússia negou o pedido de ajuda militar do governo interino quirguiz, mas mandou reforços hoje para proteger sua base.

Várias unidades de paraquedistas chegaram neste domingo para proteger soldados e famílias na base aérea russa de Kant, no norte do país, informou um porta-voz do Kremlin.

Um porta-voz do Ministério da Defesa disse que 150 paraquedistas armados foram enviados ao Quirguistão, mas a agência de notícias Itar-Tass disse que foram ao menos 300, citando fontes do Ministério.

A presidente interina do Quirguistão pediu neste sábado que a Rússia enviasse soldados para ajudar a conter a violência no sul do país. O apelo foi renovado hoje pelo ministro de Defesa interino, Ismail Isakov, que alegou que as forças especiais russas conseguiriam conter o conflito rapidamente.

No entanto, ontem o Kremlin disse não ver condições para o envio de tropas agora, uma vez que os confrontos são internos, mas ofereceu ajuda humanitária, segundo uma porta-voz do governo russo.

O Kremlin também disse que pretende discutir a situação nesta segunda-feira, dentro de um bloco de ex-repúblicas soviéticas, lideradas por Moscou, chamado Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC).

Reações

O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, disse estar alarmado pela escala dos confrontos e ordenou a viagem de um enviado especial à capital quirguiz, Bishkek, segundo comunicado.

A Cruz Vermelha disse que a situação humanitária no sul do Quirguistão "está se tornando crítica". "Estamos recebendo registros de várias brutalidades, com intenção de matar", afirmou em comunicado.

A embaixada dos EUA no Quirguistão disse em comunicado estar em conversas com o governo interino para fornecer ajuda humanitária, e pediu a "imediata restauração da ordem".

Um porta-voz do Pentágono disse que o governo interino quirguiz não pediu ajuda militar aos EUA.

O chanceler do Uzbequistão condenou os ataques e disse ter esperança quanto ao restabelecimento da ordem, mas o autoritário presidente do país, Islam Karimov, não deve interferir no conflito.

Histórico

Tensões políticas entre o sul, predominantemente agrícola, e o norte do Quirguistão existem há um longo período, além de conflitos étnicos e rivalidades entre diferentes clãs.

Dos cerca de 5,3 milhões que vivem no Quirguistão, 69% são de etnia quirquiz, 14,5% são uzbeques e 8,4% são de etnia russa.

No entanto, no sul do país, os uzbeques representam 40% dos cerca de 1 milhão que vivem na área de Jalalabad e cerca de 50% na região de Osh. Os dois grupos étnicos são predominantemente muçulmanos sunitas.

O Quirguistão, que ganhou a independência após o colapso da ex-União Soviética, em 1991, enfrenta grave crise política desde a deposição de Bakiev, em 7 de abril.

Em 19 de maio, duas pessoas morreram e 74 ficaram feridas em confrontos entre quirguizes e uzbeques na cidade de Jalalabad. No mesmo dia, Otunbaieva anunciou que governaria o país até junho de 2011, deixando de lado os planos para eleições presidenciais em outubro.




FONTE: FOLHA ONLINE / DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Carro que matou bisneta de Mandela era conduzido por parente




Representantes da Fundação Nelson Mandela emitiram neste domingo um comunicado, em nome da família, no qual identificam o motorista do carro envolvido no acidente que matou a bisneta do ex-presidente sul-africano, após o show de abertura da Copa do Mundo, quinta-feira, em Johannesburgo. E ele era parente.

Quem estava no volante era filho do namorado de uma das filhas de Mandela, isto é, uma espécie de neto do estadista.

"Lamento profundamente a perda da nossa pequena Zeni. Eu peço que seus pensamentos e orações fiquem com a família e amigos durante esse tempo difícil", teria declarado Sizwe Mankazana, 23, apenas dez anos mais velho que a garota.

Ainda de acordo com o texto, ele está cooperando com a polícia na inverstigação da tragédia.

Sizwe é filho de Zwelakhe Mankazana, o parceiro de Zenani Mandela Dlamini --primogêntia de Mandela com a sua segunda mulher, Winnie Madikizela.




FONTE: FOLHA ONLINE / Com agências de notícias
Conflito entre trabalhadores da Copa e policiais causa pânico no estádio de Durban





Pouco antes da 1h da madrugada desta segunda (quase 20h pelo horário de Brasília), uma explosão aconteceu bem perto do estádio de Durban, onde aconteceu a goleada por 4 a 0 da Alemanha sobre a Austrália.

A explosão foi causada, funcionários da segurança do estádio, por policiais que lançaram uma bomba de efeito moral para tentar conter um protesto de funcionários que alegam não ter recebido o dinheiro combinado da organização da Copa do Mundo.

"Eles precisam pagar o que nos devem", disse Noiovu Zandine, uma das manifestantes.

"A Fifa falou que ia nos pagar 1500 rands por jogo. E pagaram só 200 rands. A í começou a greve, é uma questão de salário. Temos família para criar. A bomba foi da polícia", disse Mtdokozisi Hlongwa, que estava na fila do pagamento.

Centenas de funcionários, monitores e voluntários entraram em pânico e iniciaram uma correria no estacionamento do estádio. A primeira informação é de que não houve feridos e estragos materiais.

No chão do estacionamento, com alguns poucos carros por conta do horário avançado, a reportagem encontrou várias garrafas quebradas.

Policiais impediram o acesso da imprensa a uma reunião referente ao pagamento do funcionários.

A Folha viu ao menos uma pessoa da Fifa, de nome Hyder e da Malásia, tentando resolver a questão com policiais e representantes dos funcionários revoltados.



 
FONTE: FOLHA ONLINE / RODRIGO BUENO - ENVIADO A DURBAN
ALGUMAS FRASES DE MILLÔR FERNANDES




Eu sei sempre do que é que estou falando. Tirando isso não sei mais nada.

Para bom entendedor meia palavra basta. Entendeu ...ecil?

Ás vezes você está discutindo com um imbecil... e ele também.

Fobia é um medo com PhD.

O otimista não sabe o que o espera.

O mundo se divide entre os que encontram e os que nem sabem onde puseram.

Aumentou um pouco o número de alfabetizados no país. E aumentou muito mais o número de ignorantes cultos.

Os franceses inventaram o esprit de corps. Os brasileiros inventaram o esprit de porc.

No Brasil o otimista dorme com medo de acordar pessimista.

Só depois que a tecnologia inventou o telefone, o telégrafo, a televisão, a internet, foi que se descobriu que o problema de comunicação mais sério era o de perto.

Não perdi a memória. Só não lembro onde botei.

Pois é, eu já estava preocupado com essa situação terrível de miseráveis do Nordeste, quando fui ainda mais abalado por uma menina ter caído num poço no interior da Cracóvia. Cheguei a uma conclusão: é insuportável assistir ao Jornal Nacional.

O século XX nos deu o cinema, o telefone, o automóvel, o avião, a penicilina, a asa-delta, o computador, tanta coisa maravilhosa. Mas a maior invenção de todos os tempos é do século XXI, o Google. A cultura prêt-a-porter.

Eu sei, no Brasil do século XXI: "A concordância gramatical é a primeira mostra da degradação moral do Congresso". Eu sei também: "A maior parte de nossos homens públicos pensa que a regência acabou com a proclamação da República".

Morrer é uma coisa que se deve deixar sempre pra depois.

O pão que o diabo amassou. Expressão incompreensível pois em nenhum lugar da Bíblia ou da História se diz que o Diabo era padeiro.

Descoberto no Piauí mais um piteroseiláoquedonte, de três milhões de anos de idade. Enquanto o Lula só fala no futuro, nós aqui repetimos: o Brasil tem um gigantesco passado pela frente.

E, como dizia o covarde romano: "Veni, Vidi, Pipi."

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FONTE: RETIRADO DO SITE "MILLÔR ONLINE-ENFIM UM ESCRITOR SEM ESTILO"
Procuradora volta a negar acusações de tortura à menina de dois anos




A procuradora aposentada, Vera Lúcia de Sant'Anna Gomes, acusada de torturar a menina de 2 anos que pretendia adotar, voltou a negar todas as acusações durante audiência que terminou no fim da noite desta sexta-feira, na 32ª Vara Criminal, no Centro do Rio.

- Há apenas um fato verdadeiro na denúncia. Eu realmente xinguei a menina por estar muito nervosa. Me arrependo profundamente. Nunca bati nela, nunca a agredi. O resto é culpa da imprensa, que vem fazendo sensacionalismo com o caso. Já me sinto julgada e condenada pela mídia. Hoje sou jurada de morte. Nem no presídio posso circular livremente – disse a ré, que falou por cerca de uma hora e vinte minutos.

A pedido do Ministério Público e da defesa, a audiência foi realizada a portas fechadas a fim de preservar os depoentes. Os depoimentos, incluindo o interrogatório da acusada, duraram cerca de dez horas. Foram ouvidas seis testemunhas de acusação e quatro de defesa.

De acordo com a assessoria da promotora Carla Araújo de Castro, Vera Lúcia “parecia estar perdida” durante as declarações, e em algumas vezes entrava em contradição. Para o Ministério Público, segundo a assessoria, está provado que a procuradora aposentada torturava a menina. Ainda não há previsão de quando sairá a sentença. As partes terão cinco dias corridos para que apresentem as alegações finais.



FONTE: J. CORREIO DO BRASIL / Por Redação, com Agência Rio - do Rio de Janeiro


Notícia divulgada em 12/06/2010.
Forte terremoto atinge leste do Oceano Índico




Um forte terremoto de 7,7 graus de magnitude atingiu uma região oceânica próxima das Ilhas Nicobar e do noroeste da ilha indonésia de Sumatra neste sábado, afirmou o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).

Um alerta de tsunami foi emitido para todas as regiões do Oceano Índico, divulgou o Centro de Alertas de Tsunami do Pacífico em seu site, relacionando Índia, Indonésia, Sri Lanka, Myanmar, Tailândia e Malásia.

– Terremotos dessa magnitude têm potencial para gerar um tsunami local destrutivo e algumas vezes um tsunami regional ao longo das costas" a não mais de 1.000 quilômetros do epicentro do tremor – afirmou o centro de alerta.

O epicentro do terremoto ocorreu a 155 quilômetros a oeste de Misha, no arquipélago de Nicobar, a uma profundidade de 34 quilômetros, informou o USGS, revendo ligeiramente números divulgados inicialmente.

Em dezembro de 2004, um terremoto de magnitude 9,15 ocorreu na costa de Sumatra, disparando um tsunami no Oceano Índico que matou cerca de 226.000 pessoas na Indonésia, Sri Lanka, Índia, Tailândia e em outros nove países.




FONTE: J. CORREIO DO BRASIL / Por Redação, com Reuters - de Washington
Baixinhos correm mais risco de sofrer doenças cardíacas



Pessoas com menor estatura têm maior risco de sofrer problemas cardíacos do que os mais altos, de acordo com estudo da Universidade de Tampere, na Finlândia.

Os pesquisadores, que analisaram 52 estudos anteriores sobre o assunto, envolvendo dados de mais de 3 milhões de pessoas, concluíram que, de forma geral, os baixinhos - homens com menos de 1,65m e mulheres com menos de 1,52m - têm 1,5 vezes mais chances de ter doença cardíaca e de morrer por causa disso, comparados às pessoas mais altas - homens com mais de 1,76m e mulheres com mais de 1,66m.

As pessoas com menor estatura teriam 52% maior risco de terem infarto, e, significativamente, mais chances de morte por qualquer causa.

Os pesquisadores acreditam que pessoas mais baixas teriam artérias mais estreitas. Em estudos recentes usando medidas angiográficas, o diâmetro da artéria coronária estava correlacionada a altura e peso corporal, então, poderia ser um ponto para isso.

 
 
FONTE: J. CORREIO DO BRASIL / Por Redação, com agências internacionais


Notícia divulgada em 09/06/2010.
Medicamentos serão rastreados desde a fabricação até a venda



A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) começa a implantar neste mês o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos. A primeira ação será a colocação de leitores de autenticidade de medicamentos nas 65 mil farmácias brasileiras. Os aparelhos começam a ser instalados no próximo dia 15. Foi o que afirmou o diretor adjunto da Anvisa, Pedro Ivo, nesta quinta-feira, durante o 2º Fórum Nacional Sobre Rastreabilidade de Medicamentos e Combate à Falsificação e Contrabando no Brasil.

– O cronograma de implantação do sistema prevê até três anos. Começaremos pela implantação dos leitores de autenticidade. A falsificação de medicamentos prejudica toda a população seja pela falta de efeito do produto falsificado, seja pela sua toxicidade, que pode levar até a morte –, explicou.

A Casa da Moeda do Brasil será responsável pelo sistema de rastreamento dos medicamentos, desenvolvendo a tecnologia, produzindo os leitores e controlando a distribuição dos aparelhos e das etiquetas autoadesivas. Os medicamentos devem estar com as etiquetas com código de identificação a partir de 15 de julho. As etiquetas serão feitas com tinta sensível a metal para que possam ser raspadas com moedas. Com o rastreamento, o produto será acompanhado desde a fabricação até a venda ao consumidor.

Também presente ao evento, o senador Romeu Tuma (PTB-SP) ressaltou a necessidade de se fazer um trabalho educativo com o consumidor para que ele tenha consciência dos riscos que corre quando compra um produto contrabandeado.

– O mais importante, hoje, é conscientizar a população. A Anvisa precisa estabelecer normas para as farmácias orientarem os usuários na hora de consumir um medicamento. O consumidor, muitas vezes, adquire o medicamento sem saber dos efeitos colaterais –, observou.

Segundo dados da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), o mercado farmacêutico movimenta U$ 724,5 bilhões por ano e a América Latina é um das regiões onde o setor mais cresce. À medida que o mercado cresce, aumenta também a contravenção.

– Na América Latina, Sudeste da Ásia e África, mais de 30% dos medicamentos são falsificados. As populações mais desassistidas são também as maiores vítimas –, destacou Tuma.

 
 
 
FONTE: JORNAL CORREIO DO BRASIL / Por Redação, com ABr - de Brasília


Notícia divulgada em 11/06/2010.