sexta-feira, 13 de maio de 2011

Taleban reivindica 

atentado que matou 

ao menos 80 no Paquistão



Naquilo que chamou de "primeira ação de vingança pelo mártir Osama bin Laden", o Taleban paquistanês reivindicou para si o atentado que matou ao menos 80 pessoas na manhã de hoje em Charsadda, cidade que fica na região tribal do noroeste do país.

O ataque ocorreu quando recrutas do Corpo de Fronteira, unidade paramilitar comandada pelo Exército que patrulha as áreas tribais, saíam para uma licença de dez dias.

"Foi horrível. Primeiro houve uma explosão menor, quando os cadetes entravam em vans, depois uma grande explosão", afirmou por telefone à Folha o comandante local, Akbar Hoti.

Ele tem dúvidas, contudo, de que o ataque tenha algo a ver com vingança pela morte de Bin Laden em uma operação norte-americana na cidade de Abbottabad no dia 2. "Temos isso aqui todos os dias", disse.

Ao menos 100 pessoas ficaram feridas, a maioria jovens recrutas e transeuntes. É o ataque mais violento desde a morte de Bin Laden, e ocorre no dia em que o comandante do Exército. Ashfaq Kayani, irá falar ao Parlamento paquistanês sobre as responsabilidades dos militares no caso. O terrorista foi morto a menos de dez minutos da principal academia do Exército do país.

Segundo comunicado do Taleban paquistanês, haverá mais atentados no país e também no Afeganistão. O grupo, liderado por Hakimullah Mehsud, é associado ao Taleban afegão, mas é mais uma questão de uso da "marca". O Taleban afegão é visto como aliado das forças de segurança paquistanesas, enquanto seu primo local as ataca com regularidade.

Desde que intensificou suas ações, em 2007, mais de 4.000 pessoas morreram em atentados no país. O governo conta, desde o 11 de Setembro, 30 mil mortos por conta dos desdobramentos do que era chamado antigamente de "guerra ao terror".



FONTE: FOLHA.COM / IGOR GIELOW - ENVIADO ESPECIAL A ISLAMABAD

Passageiro é pego na Tailândia com filhotes de animais em bagagem



A polícia tailandesa prendeu um cidadão dos Emirados Árabes que tentou embarcar em um voo de primeira classe entre Bancoc e Dubai com vários animais ameaçados em sua bagagem.


Ele levava filhotes de diferentes espécies: dois leopardos, duas panteras, um urso e dois macacos.



Os animais estavam todos vivos e tinham de quatro a cinco semanas de idade.


''Apreensões de animais ocorrem com alguma regularidade. Mas é a primeira vez que vemos algo desse porte'', disse à BBC Brasil Roy Shlieben, assessor de comunicação da organização não-governamental tailandesa Freeland, que combate o tráfico de animais e a escravidão de seres humanos.


Os animais estavam espalhados em diferentes contêineres na bagagem de Noor Mahmoodr, de 36 anos.




REDE DE TRÁFICO


O coronel Kiattipong Khawasamag, da divisão de Crimes contra a Natureza da polícia tailandesa, comandou a operação e disse que as investigações prosseguem, pois acredita-se que o incidente possa estar ligado a uma rede de tráfico de animais.



Os animais foram levados para uma clínica veterinária, onde receberam tratamento. Segundo Roy Shlieben, os animais provavelmente estavam sendo mantidos em cativeiro.


Como já travaram contato com seres humanos, afirma Shileben, eles não poderão ser reintroduzidos em seus habitats naturais, já que dificilmente se adaptariam.


Por conta disso, os filhotes devem ser encaminhados para centros mantidos pelo Departamento Nacional de Parques e Vida Selvagem da Tailândia e entregues a organizações não-governamentais que zelam pela proteção de espécies ameaçadas.


De acordo com o assessor da Freeland, o tráfico de animais selvagens ''movimenta um mercado negro altamente lucrativo, que fatura entre US$ 10 a US$ 30 bilhões (cerca de R$ 16 bilhões a R$ 48 bilhões) por ano e que sustenta várias organizações criminosas.


''Os animais silvestres costumam ir parar ou em zoológicos particulares de pessoas que querem ostentar sua riqueza ou acabam sendo mortos para que suas peles sejam usadas em roupas ou como troféus ou ainda que seus órgãos sejam utilizados em medicamentos tradicionais'', afirma Roy Shlieben.



FONTE: BBC BRASIL

Igreja identifica mulher salva por milagre atribuído a Irmã Dulce


O milagre atribuído a Irmã Dulce (1914-1992), segundo a Igreja, foi a sobrevivência de uma parturiente desenganada pelos médicos, após religiosos e fieis orarem para que a religiosa baiana intercedesse pela vida da paciente.

Os detalhes do milagre, reconhecido no ano passado pelo Vaticano, foram divulgados no final da manhã desta sexta-feira, em Salvador. Ela será será beatificada em cerimônia no dia 22, na capital da Bahia.

Segundo os registros usados no processo de beatificação, a mulher foi identificada como a sergipana Cláudia Cristiane dos Santos, que deu à luz ao segundo filho em 11 de janeiro de 2001.

O parto ocorreu no Hospital Maternidade São José (Itabaiana-SE) --dirigido por freiras da mesma congregação de Irmã Dulce-- que não tinha UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

Logo após o parto, dizem dois relatórios de médicos que participaram do procedimento, Cláudia apresentou um quadro gravíssimo de hemorragia.

Nos relatórios, os médicos afirmam que as possibilidades de tratamento se esgotaram ao longo das 28 horas em que a paciente foi submetida a três cirurgias.

Cláudia, contudo, sobreviveu.

Pela versão apresentada e que sustentou a beatificação pelo Vaticano, a mudança no quadro ocorreu porque o padre José Almi de Menezes rogou a Irmã Dulce, de quem era devoto, o salvamento da paciente.

Ele pediu que uma imagem da religiosa fosse levada à maternidade.

Durante as orações, a hemorragia parou --o que, na associação feita pelos religiosos, se constituiu o milagre reconhecido pelo Vaticano.

"Outros milagres aconteceram, mas não foram relatados", disse o padre nesta quinta-feira, em Salvador.

Ligado à organização assistencial Obras Sociais Irmã Dulce, o médico Sandro Barral, que acompanhou o processo de investigação do suposto milagre pelo Vaticano, afirmou que o caso foi analisado por dez médicos brasileiros e seis italianos.

Segundo Barral, nenhum deles encontrou uma explicação científica para a sobrevivência e a recuperação tão rápida da paciente sergipana.





FONTE: FOLHA.COM / GRACILIANO ROCHA - DE SALVADOR
PF prende 12 suspeitos de fraudar Receita em cinco Estados


Doze pessoas foram presas nesta sexta-feira (13) em uma operação da Polícia Federal que combate um esquema de fraude contra a Receita Federal. As prisões ocorreram em Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Pará e Minas Gerais.

A PF ainda tenta cumprir um mandado de prisão contra o prefeito de Campinaçu (GO), Welinton Rodrigues (PR).

Segundo a Receita Federal, que também participa da operação, a fraude pode ter causado um prejuízo de R$ 200 milhões aos cofres públicos. De acordo com o órgão, operadores do esquema contavam com a colaboração de prefeitos e servidores do primeiro escalão municipal.

A identidade das pessoas presas não foi divulgada. Além de 13 mandados de prisão, a PF cumpre 82 mandados de busca e apreensão, 11 deles em casas de prefeitos municipais de Goiás e do Mato Grosso.

A PF afirma que as fraudes foram cometidas nas prefeituras de nove cidades de Goiás, duas do Mato Grosso e uma do Pará.

Ainda segundo a PF, existem fortes indícios de que a fraude tenha sido praticada em mais de 35 prefeituras de Goiás, outras oito do Pará, seis do Tocantins e quatro do Mato Grosso.

A Receita Federal divulgou que as investigações começaram há um ano.

DESVIOS

A operação deflagrada hoje foi batizada com o nome Apate --um espírito da mitologia grega que personifica o engano e a fraude.

O esquema de fraude desviava restituições das Dirfs (Declaração do Imposto Retido na Fonte). De acordo com a Receita, declarações entregues pela quadrilha e apresentadas por prefeituras e outros órgãos municipais à Receita continham informações falsas sobre retenções do Imposto de Renda.

Após entregarem as primeira declarações, os suspeitos apresentavam Dirfs com o nome dos supostos prestadores de serviço, com saldo de Imposto de Renda a restituir.

Os valores acabavam sendo creditados em conta bancária do titular pela Receita.

Segundo a PF, várias pessoas identificadas como "beneficiárias" das restituições tiveram seus nomes utilizados sem permissão.

Os suspeitos podem responder, entre outros crimes, por formação de quadrilha, corrupção passiva e ativa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

O advogado do prefeito Welinton Rodrigues não foi localizado pela reportagem.




FONTE: FOLHA.COM / JEAN-PHILIP STRUCK - DE SÃO PAULO





Ex-governador do DF é indiciado por quadrilha de 'ônibus pirata'


O ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (ex-DEM) e o ex-secretário de Transportes e agora deputado Alberto Fraga (DEM-DF) foram indiciados nesta sexta-feira (13) por formação de quadrilha e peculato (apropriação de dinheiro público por servidores).

Eles já são suspeitos de dispensa ilegal de licitação no inquérito deflagrado pela Operação Drakkar 1 e apresentado na tarde de hoje pela Decap (Divisão Especial de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública) do DF.

De acordo com o delegado Henry Perez Lopes, diretor-adjunto da Decap, a investigação verificou que um total de 1.200 ônibus foram ilegalmente colocados em circulação dentro do sistema de transporte coletivo do Distrito Federal.

Para os usuários, os "ônibus piratas" eram iguais aos regulares e incluíam o mesmo sistema de validação do bilhete eletrônico, oferecido pela empresa Fácil, que é alvo da investigação porque seu serviço foi contratado pelo governo distrital sem licitação.

A diferença, porém, é que os veículos não existiam no sistema da DFTrans e, portanto, não repassavam à autarquia do governo a taxa de 3,84% do pagamento feito pelos usuários e também não passavam por inspeções.

Estima-se que os suspeitos tenham desviado R$ 14 milhões através do esquema.

"Eles recebiam livremente, era uma quadrilha orquestrada e bem organizada para não pagar inclusive os impostos relativos ao ônibus", explicou Perez Lopes.

O delegado afirmou que mil "ônibus piratas" já haviam sido encontrados durante a Drakkar 1 e que, na segunda operação, os investigadores descobriram outros 200 ônibus em situação irregular. A maioria foi lacrada nesta sexta-feira.

Ainda segundo o diretor-adjunto da Decap os "ônibus piratas" eram velhos, sem condições de rodar, e alguns deles nem sequer tinham registro no Detran. "Eles compraram ônibus e colocavam uma placa qualquer, não pagavam IPVA, não pagavam multa porque não existia a placa", afirmou.

Além de Arruda e Fraga, outras quatro pessoas foram indiciadas: o ex-diretor do DFTrans Paulo Munhoz (também indiciado na Operação Drakkar 1), Wagner Canhedo, Victor Foresti e Eduardo Queiroz. Os três são gestores da Fácil e diretores do Setransp (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo), que reivindica reajuste de 50% na passagem de ônibus.

O processo resultante da Operação Drakkar 1 será encaminhado ao Judiciário. O inquérito da Drakkar 2 deverá ser finalizado na próxima semana.



FONTE: FOLHA.COM / ANA CAROLINA MORENO - DE SÃO PAULO

Erro do STF adia decisão sobre 

liberdade de Battisti




Um erro do STF (Supremo Tribunal Federal) fez o pedido de extradição do italiano Cesare Battisti ir para o gabinete do ministro Marco Aurélio Mello, quando na realidade deveria ter ido para Joaquim Barbosa.


Marco Aurélio chegou a analisar um pedido de "relaxamento de prisão", proposto nesta sexta-feira pela defesa de Battisti, e quase chegou a divulgar sua decisão sobre o caso.


Quando isso iria ocorrer, no entanto, o ministro foi informado que o processo foi mandado para o seu gabiente por engano.


Durante esta semana, o relator do caso, ministro Gilmar Mendes, esteve em Washington em viagem oficial. De acordo com o regimento do Supremo, o processo deve ser enviado ao gabinete do "ministro imediato em antiguidade" para possíveis decisões urgentes.


A secretaria judiciária do STF entendeu que o caso deveria ser enviado para o colega imediatamente mais antigo que o relator --no caso, a ministra Ellen Gracie. Como ela também está em Washington, o seguinte seria Marco Aurélio Mello.


Acontece que o correto, segundo informou o próprio tribunal, é a redistribuição para o mais velho entre aqueles ministros que chegaram à Corte após o relator. Neste caso, seria o ministro Carlos Ayres Britto.


Britto, porém, ocupa a presidência, já que Cezar Peluso também foi aos Estados Unidos na mesma viagem oficial que o colega. O caso Battisti caiu, então, com o ministro Joaquim Barbosa.


Por conta do erro, o pedido para libertar Battisti não deve ser analisado hoje.









FONTE: FOLHA ONLINE / FELIPE SELIGMAN - DE BRASÍLIA
Juíza manda prender líderes de greve dos bombeiros no Rio


A juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros, da Justiça Militar do Rio de Janeiro, decretou a prisão preventiva de cinco integrantes do Corpo de Bombeiros que lideraram uma paralisação da categoria nesta sexta-feira (13/5). Pela Constituição, militares (incluindo membros das Forças Armadas, policiais e bombeiros) são proibidos de fazer greve.

Tiveram suas prisões decretadas o major Luiz Sergio Lima, os capitães Alexandre Machado Marchesini e Lauro César Botto, o 1º sargento Valdelei Duarte e o cabo Benevenuto Daciolo Fonseca dos Santos. 

Eles são acusados de incitamento à prática de outros crimes militares, como descumprimento de missão, deserção e recusa de obediência.

"A prisão se dá pelo incitamento à prática de crimes militares e exposição da população carioca e fluminense até mesmo a risco de morte, e não pelo simples fato da greve em si, e muito menos pelo fato de lutarem por melhores condições de trabalho e salários”, afirmou a juíza na decisão.

Ela acolheu a representação do sub-corregedor interno do Corpo de Bombeiros Militares do Rio de Janeiro. 

Segundo o inquérito policial militar, os acusados, através de um movimento que, inicialmente, visava buscar por melhores condições de trabalho e melhorias salariais, passaram a promover o incitamento de outros militares, particularmente os bombeiros militares dos Grupamentos Marítimos, a cometerem diversos crimes militares.

De acordo com a juíza Ana Paula Barros a conduta dos bombeiros, que teriam incentivado a greve dos salva-vidas, tem colocado a população em risco.

A magistrada reconheceu a legitimidade das reivindicações dos militares, que merecem condições de trabalho dignas e salários compatíveis com a importância de sua função, mas ressaltou que tal fato não pode se sobrepor à vida do cidadão.



FONTE: ÚLTIMA INSTÂNCIA