quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Grupos anti-monarquia pedem que Família Real

 banque casamento de William



Grupos antimonarquia já deram início a uma campanha para que a Família Real britânica pague integralmente a cerimônia de casamento do príncipe William e de sua noiva, Kate Middleton.

O casal começa a planejar os detalhes da festa com o auxílio de conselheiros reais, após o anúncio do casamento na terça-feira. A cerimônia deve acontecer em Londres, na próxima primavera ou verão inglês.

Ainda não se sabe quem pagará a conta do casamento nem quanto ele custará, mas um porta-voz do palácio de St. James (residência oficial do príncipe Charles, pai de William) disse que ambos estão "bastante envolvidos" em todos os planos da festa e que eles "levariam em conta a situação econômica" do país.


O grupo Republic (República, em inglês) diz que o casamento é um "assunto privado" e que os cidadãos não deveriam pagar por ele com impostos.

O grupo lobista Taxpayer°s Alliance (Aliança dos Contribuintes) afirmou que uma "cerimônia suntuosa" durante um período de austeridade no país não seria apropriada.

No entanto, o presidente-executivo da VisitBritain, escritório de turismo britânico, disse que o casamento deve ser uma atração turística internacional e gerar dividendos à economia britânica.

"(O casamento será positivo) em termos de publicidade. Já vimos como a história ganhou repercussão internacional com o anúncio do casamento, e quando realmente chegarmos à própria cerimônia, isso poderia atrair bilhões de espectadores em todo o mundo, e essa publicidade deve certamente gerar mais turistas do exterior como consequência", afirmou.

CONTROLE DE GASTOS

Segundo as estimativas, o casamento do príncipe Charles com Diana Spencer, em 1981, custou cerca de 30 milhões de libras (cerca de R$ 82,9 milhões), incluindo o custo de policiamento e segurança. Cerca de 6.000 policiais e militares foram deslocados para proteger o caminho feito pelos noivos em carruagem aberta, entre o Palácio de Buckingham e a Catedral de St. Paul.

O casamento de Charles e Camilla Parker-Bowles, em 2005, foi bancado pela rainha Elizabeth 2ª, e comenta-se que ela ou o próprio Charles poderiam pagar pelo casamento de William.
Segundo analistas, uma das questões que apontam nessa direção é o fato de que Charles, em 1981, já era o primeiro na linha de sucessão ao trono, enquanto William ainda é o segundo, depois de seu pai.

Ainda que a Família Real arque com os custos da cerimônia e da festa para William e Kate, os grupos anti-monarquia dizem que a rainha e o príncipe Charles devem pagar do próprio bolso pelo policiamento e a segurança em Londres no dia do evento, que poderia ter a presença de vários chefes de Estado.

A Polícia Metropolitana de Londres afirmou na terça-feira que não comentaria os custos do policiamento do casamento nem os responsáveis pelo pagamento.

Em um comunicado, Graham Smith, do grupo Republic, disse que é inevitável que um evento de grandes proporções tenha gastos com segurança, mas que "não é dever de quem paga impostos pagar por qualquer parte deste evento --os Windsor (nome da família real britânica) devem pagar".

"Se estão dizendo às pessoas que apertem os cintos, se o governo está demitindo milhares, se os pagamentos de previdência social estão sendo retalhados, seria repugnante que o governo permitisse que um centavo fosse gasto com a Família Real", declarou.

Emma Boon, diretora de campanha do grupo Taxpayer°s Alliance, afirmou que 'sem dúvida será um evento que toda a nação vai comemorar, mas contribuintes não deveriam receber a conta do rei'.

Em julho, um relatório revelou que cada cidadão britânico gasta cerca de 62 centavos de libra (R$ 1,71) para manter a Família Real. O custo total de manter a monarquia no país foi de 38,2 milhões de libras (cerca de R$ 105,6 milhões) durante o ano financeiro de 2009 a 2010, uma queda de 7,9% em relação ao ano anterior.




FONTE: FOLHA.COM / BBC BRASIL

Notícia divulgada em 17.11.2010

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