terça-feira, 26 de outubro de 2010

Madrasta de Joanna é liberada de audiência sobre falso médico



A madrasta de Joanna Marcenal Marins, Vanessa Maia, foi liberada no início desta tarde da audiência em que deporia como testemunha de acusação no processo que apura a responsabilidade do falso médico Alex Sandro da Cunha Souza e da médica Sarita Fernandes Pereira na morte da menina, em 13 de agosto, no Rio.



A liberação ocorreu porque Maia já será ouvida como ré no processo instaurado ontem, após a aceitação da denúncia sob acusação de tortura e homicídio qualificado contra ela e o marido, André Marins.



A médica Sarita Pereira, que está presa preventivamente, chegou ao fórum escoltada pela polícia. Ela é acusada de homicídio doloso na forma omissa porque não teria prestado o atendimento adequado a Joanna quando a menina foi levada com sinais de crise convulsiva no Hospital RioMar.



Pereira é apontada ainda como a responsável pela contratação do falso médico, que não compareceu à audiência --com a prisão preventiva já decretada pela Justiça, ele está foragido.



No total, 11 testemunhas de acusação e 23 de defesa foram intimadas para a audiência de hoje. Nessa lista constava André Marins, que também foi liberado de depor. Ele está preso desde a noite de ontem.



O CASO



Joanna morreu no dia 13 de agosto, aos cinco anos, após passar quase um mês em coma. O pai começou a ser investigado depois que a mãe da menina, a médica Cristiane Marcenal Ferraz, encontrou marcas no corpo dela e suspeitou de maus tratos.



A criança estava provisoriamente com o pai e a madrasta desde o fim de maio --a Justiça determinou o afastamento da mãe por 90 dias por entender que a menina sofria de síndrome de alienação parental, presente quando um dos genitores tenta afastar o filho do outro.



No inquérito, foi constatado que Joanna teve meningite causada pelo vírus da herpes. Na avaliação da promotora que ofereceu a denúncia, ela acabou falecendo porque Marins e Maia foram omissos e não procuraram ajuda médica imediatamente.



Também contribuiu para o desfecho o fato de a menina ter sido atendida por um falso médico quando o casal a levou ao hospital RioMar, da Barra da Tijuca.






FONTE: FOLHA ONLINE / DENISE MENCHEN - DO RIO

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