segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Dieta tem mesmo efeito de remédio contra colesterol



Cortar do cardápio alimentos gordurosos e incluir vegetais pode diminuir em até 20% os índices de colesterol, segundo especialistas.



Efeito colateral dificulta adesão à estatina



A mudança na dieta é tão eficaz quanto o uso de doses de estatina, droga mais receitada para o tratamento do problema.



De acordo com o médico nutrólogo Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia, para conseguir o resultado é preciso diminuir o consumo de gordura de origem animal, comer mais fibras e alimentos com fitoesterois (compostos presentes em óleos vegetais e adicionados a margarinas).



"Se a pessoa tiver uma dieta desregrada e mudar os hábitos alimentares os resultados são ainda mais rápidos."



As alterações nos níveis de colesterol -gorduras importantes do sangue- aumentam o risco de aterosclerose (formação de placas no interior das artérias), infarto e acidente vascular cerebral.



Os índices são medidos a partir dos níveis de LDL, o chamado colesterol ruim, e HDL, o colesterol bom.



Segundo o cardiologista e nutrólogo Daniel Magnoni, do HCor (Hospital do Coração), alguns nutrientes têm o poder de ajudar no controle do problema.



"Há substâncias comprovadas, como a isoflavona da soja ou a beta-glucana da aveia. Mas também há muitos mitos", afirma.



Suco de berinjela com laranja, por exemplo, não adianta nada. "Todas as fibras solúveis de vegetais e frutas têm o mesmo efeito. Não há diferença entre uma ou outra", diz. Ou seja: não importa se é casca de maracujá ou uma simples pera.



Além das fibras, funcionam também as gorduras mono e poli-insaturadas do azeite, o ômega 3 dos peixes e os flavonoides do vinho.


Editoria de Arte/Folhapress

 
 
 ALÉM DA DIETA



Há, porém, um limite para os efeitos da mudança alimentar. "Dizemos que 30% das alterações no colesterol são causadas pela dieta", diz o médico cardiologista Raul Dias dos Santos Filho, do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da USP.



A genética também é determinante. E, nesse caso, pode não ter cardápio que resolva. "Dependendo do risco de desenvolver complicações e do índice de LDL, não tem como ficar sem receitar remédios", afirma Magnoni.



A dieta também não elimina a avaliação médica. "A mesma dieta não funciona para todos", diz Ribas Filho.



 
 
FONTE: FOLHA ONLINE / JULIANA VINES - SÃO PAULO

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