quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Fidel teve

 hemorragia intestinal

 a bordo de avião 

devido a diverticulite, 

revela WikiLeaks




A hemorragia intestinal que deixou o ex-ditador cubano Fidel Castro à beira da morte começou dentro de um avião sem médico a bordo e, após um pouso de emergência, o ex-ditador cubano foi diagnosticado com uma diverticulite do cólon, inflamação de pequenas protuberâncias na parede do intestino grosso.

Além disso, Fidel teria se oposto a realizar o procedimento médico recomendado -- uma colostomia, procedimento no qual se faz uma abertura no abdômen para drenar as fezes --, porque isso limitaria sua atuação pública.

As informações constam de um informe médico considerado confiável pela Seção de Interesses dos EUA em Havana --os dois países não têm relações diplomáticas--, e transmitido ao Departamento de Estado americano, segundo telegramas revelados pelo WikiLeaks e publicados pelo jornal espanhol "El País".

FIdel sofreu uma hemorragia intestinal a bordo de um avião que cobria a rota entre Holguín e Havana, distantes 734 quilômetros, sem médico a bordo. Por isso, a aeronave teve que aterrissar para que ele fosse levado com urgência ao hospital, segundo telegramas.

Em 14 de março de 2007, a Seção de Interesse recebeu um informe que descreve a piora da saúde de Fidel com base na documentação dada por uma pessoa que supostamente teve acesso ao conteúdo do histórico clínico, segundo o "El País".

"Castro atravessa um estado terminal e sofrerá uma inevitável deterioração de suas faculdades mentais até o momento de sua morte. Mas não vai morrer 'imediatamente'", escreveu Michael Parmly, então chefe da missão diplomática.


DECISÃO ERRADA

Segundo os telegramas, Fidel apresentava uma perfuração no intestino grosso e precisava de uma colostomia, procedimento no qual se faz uma abertura no abdômen para drenar as fezes.

Porém, ele "se opôs, dizendo que deviam cortar a parte inflamada e conectar o intestino ao colón". O médico Eugenio Selman, chefe de equipe, concordou com o paciente, mas os outros médicos discordaram, segundo o documento.

"Com o passar do tempo, e porque a inflamação chegou ao cólon, a operação fracassou e a parte conectada se separou. Tiveram que operá-lo de novo, mas se depararam com uma fístula [uma conexão anormal entre dois órgãos], cuja existência desconheciam", informa o "El País".

O informe recebido pela equipe diplomática dos EUA acrescenta que, normalmente, uma fístula impede a digestão da comida, motivo pelo qual Fidel perdeu cerca de 18 kg e teve de ser alimentado com soro. Além disso, foi utilizado "um artefato fabricado na Coreia para tratar a fístula, mas sem muito sucesso".

Nesse momento, foi chamado o médico espanhol José Luis García Sabrido, que descartou a existência de um câncer, "e disse que a equipe cubana tinha feito o que achou conveniente, mas que o correto teria sido uma colostomia", segundo telegrama do chefe da Seção de Interesses. "Nesse momento, houve a retirada do médico Selman da equipe."

Segundo o telegrama, com a idade de Fidel a doença não é curável e não lhe permitirá voltar ao comando ativo de Cuba. "Não morrerá imediatamente, mas progressivamente perderá suas faculdades e se debilitará mais até que venha o falecimento."




FONTE: FOLHA ONLINE

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