quinta-feira, 10 de junho de 2010

Viúva Negra continua foragida e julgamento é adiado pela quarta vez



Pela quarta vez, o 1º Tribunal do Júri da capital adiou o julgamento da advogada Heloísa Gonçalves Duque Soares Ribeiro, a “Viúva Negra”. Ela é acusada da morte do marido, o militar Jorge Ribeiro, na manhã do dia 19 de fevereiro de 1992, no interior do escritório na Rua Siqueira Campos, nº 143, Bloco D, sala 822, em Copacabana, Zona Sul do Rio. Ele foi atingido por diversos golpes, após ter sido amarrado e torturado fisicamente. O motivo do crime teria sido apoderar-se dos bens da vítima, de quem já estava separada.

A acusada, que também assina Heloisa Borba Gonçalves, Heloísa Gonçalves Duque Soares e Heloísa Saad, é considerada foragida da Justiça do Rio. Por estar em endereço incerto e não sabido, ela foi intimada por edital, no mês passado, para o julgamento marcado para a última segunda-feira, dia 7, às 12h. A defesa da advogada, no entanto, protocolou petição alegando que a ré deveria ter sido intimada pessoalmente.


“Tendo em vista que o advogado da acusada, bem como a acusada não se encontram presentes, determino o adiamento do julgamento”, escreveu em seu despacho o juiz Fábio Uchôa, titular do 1º Tribunal do Júri da capital. Os autos foram encaminhados para o Ministério Público analisar o pedido da defesa da ré.

Heloísa Gonçalves foi pronunciada para ir a júri popular em agosto de 2005 pelo crime de homicídio qualificado, mediante paga e por meio cruel. Ela recorreu da decisão, mas a 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio manteve a sentença de pronúncia em janeiro de 2006, por unanimidade de votos.

Segundo denúncia do Ministério Público estadual, a “Viúva Negra” teria encomendado a morte do marido a uma terceira pessoa ainda não identificada. Ela teria planejado o crime, auxiliado o assassino e facilitado a sua fuga. Ainda de acordo com a denúncia, o autor do crime amordaçou o militar com um saco plástico que estava introduzido na sua cavidade bucal, envolvendo a sua boca e a face posterior do pescoço com corda de nylon, bem como amarrou seus braços ao nível dos punhos para trás do corpo, desferindo-lhe diversas marretadas na cabeça e no rosto, que lhe causaram fratura do crânio. Para o MP, a ré agiu por motivo torpe.

O primeiro julgamento foi marcado para o dia 22 de janeiro de 2008, posteriormente adiado para 25 de março do mesmo ano e novamente adiado para 25 de maio de 2008. Ainda não há data para o próximo julgamento. Em um dos vários processos na Justiça estadual contra a ré consta que Heloisa Gonçalves Duque Soares seria trígama e que teria doado aos seus filhos sete imóveis de seu ex-marido Nicolau Saad. Os imóveis estão situados em Copacabana e no Leblon, Zona Sul do Rio.

Ela teria contraído matrimônio com Nicolau apesar de ainda estar casada com o militar Jorge Ribeiro. Ainda esposa deste, ela teria se casado com Roberto de Souza e, estando grávida e sendo ao mesmo tempo casada com Jorge e Nicolau, ela induziu a ambos a procederem ao reconhecimento do nascituro afirmando, a cada um deles, que o filho era seu. Com isso a mesma criança, do sexo masculino, teve dois registros: um feito por Jorge Ribeiro e outro, por Nicolau Saad.



Processo nº 1998.001.097591-2



FONTE: TJRJ

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