domingo, 20 de junho de 2010

Depois do temporal, Pernambuco precisa ser reconstruído



Governador reuniu-se hoje com dirigentes de vários órgãos e secretarias

Se existe uma palavra que pode definir Pernambuco depois do temporal que devastou várias cidades é reconstrução. No primeiro encontro com a imprensa desde que as chuvas começaram com mais intensidade na última quinta-feira (17), o governador Eduardo Campos relatou, neste domingo (20), que a situação de muitos municípios, principalmente os da Mata Sul, é de total destruição. O governo só espera a água baixar para, a partir desta segunda-feira (21), iniciar os trabalhos. No total, 49 cidades foram atingidas, deixando 14.394 pessoas desabrigadas (que perderam as casas) e 15.319 desalojadas (as casas não foram destruídas, mas os moradores não têm condições de retornar agora).

Treze municípios decretaram situação de emergência e nove, estado de calamidade. O Governo do Estado destinou R$ 50 milhões, voltados para a limpeza das cidades, saneamento básico, recuperação de estradas, atendimento médico, construção de moradias, mantimentos e outras ações.

O encontro deste domingo aconteceu no Palácio do Campo das Princesas, no Recife. Ao lado do governador, integrantes do gabinete de crise, formado por várias secretarias. O ministro dos Transportes Paulo Sérgio Passos também estava presente. Hoje pela manhã, ele sobrevoou municípios de Alagoas e Pernambuco. O ministro anunciou que duas pontes móveis do Exército - 40 e 60 metros de comprimento - serão trazidas para o Estado.

INFOGRÁFICO

Cidades em situação de emergência e de calamidade pública

Palmares, na Mata Sul, é uma das cidades mais prejudicadas. Duas pontes sobre o Rio Una, na BR-101, romperam na noite de sexta-feira, bloqueando o tráfego de veículos e impedindo o acesso ao Estados de Alagoas. "Estamos esperando a água baixar, mas provavelmente as duas pontes terão que ser reconstruídas. Nosso principal objetivo agora é garantir o acesso das pessoas que estão ilhadas, sem terem condições de se deslocar", afirmou Eduardo Campos.

As pontes móveis garantidas pelo governo federal estão no Rio Grande do Norte e no Rio Grando do Sul e devem demorar uma média de dez dias para chegar no Estado. O secretário de Transportes, Eugênio Moraes, afirmou que as seis rodovias estaduais que estavam interditadas já foram liberadas. Apenas três estão funcionando no esquema de meia pista: PE-96, PE-45 e PE-103.

Nos últimos dias, 850 pessoas foram resgatadas por embarcações e 480 por via aérea. Cidades como Jaqueira, Correntes e São Benedito do Sul estão isoladas. "Nosso principal objetivo agora é resgatar essas pessoas. Ainda temos muita gente nas áreas rurais que estão sem acesso. Os municípios estão embaixo d'água", afirmou Eduardo Campos. O abastecimento de água e de energia elétrica, aos poucos, estão sendo retomados.

Depois da reconstrução, o governador deixou claro que será rigoroso com relação à moradia. "Não iremos mais permitir que essas pessoas voltem a morar na beira do rio."

ÁGUA 

Aos poucos, o abastecimento de água, que foi interrompido em muitas cidades, está sendo retomado. Segundo o secretário de Recursos Hídricos e presidente da Compesa (Companhia Pernambucana de Sanamento), João Bosco, 22 sistemas de abastecimento ficaram fora de operação e todas as barragens do Estado sangraram.

INFORMAÇÕES 

Com relação à dificuldade das famílias da RMR de entrar em contato com os parentes do interior, o governador afirmou que as rádios das cidades estão tendo um importante papel. "Mas estamos também disponibilizando um telefone para que as pessoas que sejam resgatadas, logo depois do atendimento médico, entrem em contato com suas famílias", afirmou.



 
FONTE: Do JC Online

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